Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título A RELAÇÃO ENTRE TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA BRASILEIRA E PERFIL DE MORTALIDADE NO BRASIL
Autores
TAYNNÁ ARANTES DE OLIVEIRA (Relator)
CLÁUDIA HELENA MORAIS
LUCIELE PEREIRA DA SILVA
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: A década de 60 representa um marco na mudança epidemiológica brasileira. No século XX a população brasileira sofreu fortes mutações em seus padrões de fecundidade, natalidade, morbidade e mortalidade. O aumento da expectativa de vida, ocasionou o envelhecimento da população e com este fator, elevou-se a incidência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Outro padrão que sofreu alterações neste século foi o aumento da violência; atualmente a mortalidade com origens externas tornou-se um grande desafio para o Sistema Único de Saúde. OBJETIVO: O trabalho objetiva abordar a transição epidemiológica ocorrida no Brasil e salientar sua relação com a mudança no perfil de mortalidade da população brasileira. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter exploratório descritivo com análise qualitativa dos dados, tendo Scielo, Bireme e textos do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística como base de dados. Os textos utilizados foram textos na integra, tendo o idioma de base o português e publicados no período de 1971 a 2015. RESULTADOS: Com a mudança do perfil da população brasileira, ocorreram mudanças epidemiológicas tanto na expectativa de vida, origens das doenças e causas de morte; tais mudanças ficaram mais acentuadas nas últimas décadas. A taxa de fecundidade caiu de 2,8 para 2,3 filhos/mulher entre os anos de 1990 e 2005. Taxa bruta de mortalidade foi de 7,7 para 6,8 a cada 1000 habitantes no mesmo período; aumentando a expectativa de vida (72,6 anos de idade). A população idosa brasileira foi de 3 milhões em 1960 para 14 milhões em 2000. Em 2006, as agressões foram o principal motivo de óbito por causas externas (38,7%). Os ATT, em 2012, configuraram uma taxa de 22,5 óbitos por 100 mil habitantes, afetando mais os jovens do sexo masculino. Em 2010 foram registrados 1.132.732 óbitos, 80,2% foram em decorrência de DCNT como: patologias cardiovasculares, problemas respiratórios crônicos, diabetes mellitus e câncer. CONCLUSÃO: Diante dos dados expostos é perceptível uma clara e rápida transição epidemiológica no Brasil, que culminou em aumento da expectativa de vida, aumento da população idosa, baixa na taxa bruta de mortalidade, mudanças no estilo de vida e constante aumento da violência. Tais mudanças acarretaram diretamente aumento na taxa de mortalidade por DCNT e por causas externas; evidenciando a necessidade de construção de um novo modelo de atenção à saúde.