A proposta de humanização do parto preconizada pelo Ministério da Saúde tem como objetivo o atendimento centrado na mulher, de forma individualizada, priorizando o respeito à evolução fisiológica do processo. Objetivou-se identificar o conhecimento das gestantes atendidas nas consultas de pré-natal realizado na Estratégia de Saúde da Família do município de Carpina acerca do parto humanizado. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, de abordagem quantitativa. A amostra foi constituída pelas gestantes usuárias das USF’s do município de Carpina, na faixa etária de 18 a 40 anos de idade.Para a coleta dos dados utilizou-se um questionário próprio, formulado pelos autores, com perguntas fechadas, que foi aplicado na sala de espera por ocasião da consulta de pré-natal, após assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). A pesquisa somente teve início após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Estácio do Recife (CAAE: 43462715.0.0000.5640). Identificou-se que a maioria das gestantes era jovem, com idade entre 18 e 24 anos, casada e com ensino médio completo; estas mulheres ainda eram provenientes de famílias de baixa renda e baixo nível cultural. Quanto ao pré-natal, a maioria o iniciou ainda no primeiro trimestre de gestação, já tendo realizado cinco ou mais consultas. As gestantes demonstraram conhecimento regular do pré-natal, mas cerca da metade (53,0%) afirmou ter havido carência de informações sobre os procedimentos durante as consultas. Foi identificado alto índice de desconhecimento a respeito do parto humanizado, onde 69,4% das entrevistas nunca ouviram falar sobre este assunto. A maioria (69,5%) desconhecia o papel da doula e 49,4% apontou o médico obstetra como a pessoa mais importante e mais ativa durante o trabalho de parto e parto.Verificou-se o desconhecimento das gestantes acerca do Parto Humanizado, onde as informações prestadas durante o pré-natal realizado nas unidades de atenção básica não atende aos requisitos preconizados pelas organizações de saúde.A maioria das mulheres não foi informada sobre aspectos inerentes ao parto, tais como a lei do acompanhante, os cuidados necessários, métodos de alívio da dor e a importância do contato precoce com o bebê logo após o nascimento. Nota-se,portanto, a falta de conscientização dos profissionais em reconhecer a mulher como protagonista do parto e adotar o diálogo,voltado principalmente para as questões que refletem sobre a humanização. |