Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UM ESTUDO DESCRITIVO
Autores
WESLEN CRISTIAN CAMARGO ALMEIDA (Relator)
CLEUNIR FATIMA CANDIDO DE BORTOLI
FABIANA SIQUEIRA GRAMINHO
ROSITA MARIA DO COUTO
TATIANA TURMINA
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A história de violência contra a mulher começa na infância, pois a mesma entende que isso trata-se de um ato de correção, acostumando-se a aceitar a violência como algo que simplesmente faz parte das relações familiares. Objetivo: caracterizar os casos de violência contra a mulher, notificados em um município do sudoeste do Estado do Paraná. Metodologia: Estudo descritivo, quantitativo. Os dados foram coletados na vigilância epidemiológica do município, no banco de dados do SINAN, analisando 117 notificações, realizadas em 2013. Este estudo respeitou os princípios éticos da resolução 466/12. Os dados aqui analisados fazem parte das bases nacionais de informação em saúde, de acesso público por meio do sítio do DATASUS e por isso não encaminhado para avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados e discussões: Na análise dos casos notificados, identificou-se que as mulheres com idade entre 15 e 24 anos, estão mais vulneráveis a violência. Quanto à escolaridade, 17,9% das vítimas não concluíram o ensino fundamental. Estudo revela que, mesmo com tantos avanços e conquistas, a mulher ainda continua ocupando prioritariamente o espaço doméstico, cumprindo assim o seu papel social, tradicionalmente estabelecido de mãe e cuidadora do lar, dos filhos e do marido. Sobre a situação conjugal, identificou-se uma prevalência de casos no qual a mulher é casada/união consensual e sendo o próprio parceiro o agressor. Para a OMS, seus estudos indicam que quase metade das mulheres vítimas de homicídio são assassinadas pelo marido ou namorado, tanto pelo ex-companheiro como também pelo atual. Referente ao local de ocorrência, 73,5% dos casos de violência, foi na própria casa. Corroborando, a violência doméstica é uma forma de violência definida pelo espaço em que ocorre. Ela pode acontecer nas relações entre as pessoas da família, as mulheres são as principais vítimas e o lar torna-se num lugar perigoso para elas. No que diz respeito ao agressor, 63,2% foram do sexo masculino. Conclusões: Com base nos dados epidemiológicos conclui-se que a violência atinge mulheres sem distinção de idade, raça, classe econômica ou escolaridade. É um mal que está elencado na sociedade, porém as agredidas ainda temem denunciar o agressor, que na maioria dos casos é o próprio parceiro. Com a omissão do caso, facultativa a reincidência e a ocorrência de novos casos. Destaca-se a importância da equipe multidisciplinar, acolhendo e conduzindo o caso.