Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título PRECONCEITO ASSOCIADO À COMORBIDADES NA PESSOA COM HANSENÍASE
Autores
AMADEU LUIS DE CARVALHO NETO (Relator)
ALANA MARA ALMEIDA MACÊDO
SINDY RAQUEL OLIVEIRA DA SILVA
VICTORUGO GUEDES ALENCAR CORREIA
SUYANNE FREIRE DE MACÊDO
Modalidade Pôster
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Hanseníase é uma doença infecto contagiosa que se apresenta como um grave problema de saúde pública no Brasil, onde os indivíduos atingidos ainda são vítimas do preconceito. OBJETIVO: Conhecer o que a literatura científica produzida nos últimos cincos anos relata sobre o preconceito sofrido pelos portadores de hanseníase. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo bibliográfico, realizado em março de 2015, mediante a leitura de publicações contidas na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), no período de 2010 a 2014. Para tanto, utilizou-se os descritores: hanseníase e preconceito. Foram encontrados 16 artigos, em português, nos quais 5 eram repetidos e 2 não estavam diretamente ligado ao tema. Ao final, contabilizou 9 artigos. RESULTADOS: A partir da análise dos artigos, identificou-se que os estudos qualitativos foram predominantes, concentrados nas regiões Norte, Sudeste e Nordeste, sobretudo nos estados do Ceará e Santa Catarina. 66,6% dos trabalhos abordaram o impacto negativo que a hanseníase causa na vida dos portadores, devido ao preconceito, seja na família ou na comunidade, levando os pacientes a se isolarem e aumentarem a susceptibilidade a transtornos psíquicos. Verificou-se que este se dava, principalmente pelo estigma criado na antiguidade, quando a doença era conhecida como lepra e não havia tratamento. Assim os enfermos eram confinados em hospitais-colônia, onde eram afastados completamente de familiares e amigos. 37.5% descreveram a auto exclusão frente a essa patologia, onde os doentes omitiam a doença em virtude do medo do julgamento da sociedade e da discriminação. Este receio acontecia basicamente, pelas alterações ocorridas no corpo dos indivíduos, como manchas e até mesmo sequelas desencadeadas por um diagnóstico tardio. A maioria das pesquisas abordaram a carência de conhecimento sobre a enfermidade e falta de profissionais qualificados para atender as pessoas afetadas pela hanseníase. CONCLUSÃO: Infelizmente o estigma ainda existe, e mostra-se mais resistente que a própria doença. Portanto, são necessárias ações conjuntas dos governantes na capacitação dos profissionais da atenção básica visando o diagnóstico precoce e ações educativas, para que as pessoas adquiram o entendimento a respeito do tratamento, transmissão e cura, procurando assim minimizar os males do preconceito na vida desses indivíduos.