Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título ATUAÇÃO EM REDE NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Autores
DUANA GABRIELLE DE LEMOS COSTA (Relator)
AMANDA KATARINE CORREIA PAES BARRETO
LYGIA MARIA PEREIRA DA SILVA
ANA VIRGINIA RODRIGUES VERÍSSIMO
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Crianças e adolescentes sofrem diversas formas de violência, dentre elas a intrafamiliar. A atuação em rede se constitui recurso necessário nos eixos da prevenção da violência, proteção às vítimas e responsabilização dos agressores. Esta articulação entre serviços de vários setores é uma condição necessária à proteção integral às vítimas. O objetivo do estudo é descrever a atuação em rede no âmbito municipal para o atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência intrafamiliar. Trata-se de um estudo do tipo exploratório e descritivo com abordagem qualitativa. Realizado no período de 3 de junho a 1 de julho de 2015, em Recife-PE. Os participantes do estudo foram 24 profissionais, que compõem a rede de atenção à saúde de criança e adolescente de 4 municípios da região metropolitana do Recife. A coleta de dados foi realizada por meio do mapeamento dos vínculos da rede intersetorial, construído pelos participantes do estudo, em oficinas para esta finalidade. A exposição e discussão do mapeamento construído possibilitou a análise dos dados. Parecer de nº: 212.094. O mapa dos vínculos mostra que a rede tem tamanho mediano, considerando-se o número de instituições que estão vinculadas. Quanto à densidade, os traços predominantes são de relações inexistentes ou rompidas. Já as relações significativas e fragilizadas aparecem em igual número, revelando fragilidade. Devido à interdisciplinaridade da rede, é avaliada como heterogênea, atributo que representa tendência à abertura, visto que a complexidade do tema necessita de relações em diversas áreas. Ressalta-se que os vínculos são significativos com a assistência social e com a área jurídica; os vínculos são fragilizados ou inexistentes com a secretaria da saúde e com a secretaria de educação e, com a família os vínculos são inexistentes. Os vínculos com o Programa de Saúde na Escola, em sua totalidade foi apontado como inexistentes. Consideramos que o mapeamento dos vínculos possibilitou reconhecer as fortalezas e fragilidades da rede de proteção e oportunizou aos participantes a autoavaliação. A utilização da metodologia de redes tanto permitiu o diagnóstico, quanto a intervenção na situação identificada, favorecendo o desenvolvimento de novas estratégias e intervenções frente às fragilidades encontradas. Para o efetivo fortalecimento da rede, é necessário haver o compromisso da gestão de modo que o trabalho em rede seja mais que uma opção metodológica, uma opção política.