Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título COMPORTAMENTO SEXUAL DE GESTANTES ATENDIDAS NAS UNIDADES DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE QUIXADÁ
Autores
LANA LARISSA ANDRADE PATRICIO (Relator)
DAYANNE AMABYLE BRITO FERREIRA SALES
MARIA ISAAQUIELLE ANDRADE DE OLIVEIRA
RAYANNE DA SILVA NASCIMENTO
LIENE RIBEIRO DE LIMA
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
A gravidez é um período de grande importância, que traz modificações físicas, psicológicas e sociais para a mulher, gera novos significados e requer adaptações. Estas transformações estão vinculadas ao trimestre gestacional que a mulher se encontra. O presente estudo objetivou elucidar o comportamento sexual das gestantes atendidas nas unidades de atenção primária à saúde no município de Quixadá, bem como traçar o perfil socioeconômico e obstétrico das mulheres entrevistadas, conhecer as características da prática sexual de acordo com a evolução da gravidez e por fim identificar a funcionalidade sexual do casal a partir da visão da gestante. Trata-se de uma pesquisa transversal e descritiva, com uma abordagem quantitativa, realizada em 02 Unidades de Atenção Primária a Saúde (UAPS) inseridas na zona urbana do município, nos meses de abril e maio de 2015. Teve como requisito mulheres gravidas maiores de 18 anos, estando em qualquer período gestacional, enquanto esperavam atendimento na consulta de pré-natal. Foi aplicado o Questionário de Sexualidade na Gestação (QSG) retrospectivo que aborda o período pré-gestacional e gestacional, onde investigou a frequência das relações sexuais, as práticas sexuais e prazer proporcionado, e a disposição sexual do casal. A análise dos dados foi realizada por tabulação das informações obtidas no programa Microsoft Office Excel® e posteriormente avaliados no programa estatístico EPI INFO 7.0. O estudo foi aceito e aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da Plataforma Brasil, com o protocolo nº 988.014. Em análise do estudo, foram entrevistadas 74 gestantes, a maioria solteira (66,7%), com idade média de 20 anos, no primeiro trimestre (43,2%) e com uma média de relacionamento de 12 meses. No tocante da escolaridade, há um predomínio do 2º grau incompleto (35,1%) e 2º grau completo (35,1%). Quando indagadas se a gestação foi planejada, 77% revelam que não houve essa decisão prévia. Constatou-se que as gestantes não conversam com os profissionais de saúde sobre sexualidade, bem como há uma diminuição do desejo, excitação, satisfação, lubrificação, gosto, frequência sexual e disposição para o ato sexual entre as gestantes do primeiro e do terceiro trimestre. Já a disposição do parceiro não sofre alteração. No entanto, faz-se necessário que o enfermeiro durante as consultas de pré-natal conscientize as gestantes com a finalidade de que ela possa viver de forma plena e saudável a sua sexualidade juntamente com seu parceiro.