Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título RELAÇÃO MORTE MATERNA E INFECÇÃO PUERPERAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Autores
PABLO RAFAEL ARAÚJO LIMA (Relator)
ELIZABETH CHRISTINA SILVA FERNANDES
ÉRICA DE QUEIROZ SALES
RÔMULO SOARES DIAS
SÔNIA MARIA DE ARAÚJO CAMPELO
Modalidade Pôster
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
A gestação é um período fisiológico na vida da mulher que, na maioria das vezes, não apresenta complicações. A Organização Mundial de Saúde informa que a mortalidade materna correlaciona negativamente com o funcionamento do sistema de saúde. De acordo com o instituto americano Centers for Disease Control (CDC), denomina-se infecção puerperal qualquer isolamento de microrganismo na cavidade uterina, elevação de temperatura igual a 38°C no período após o parto recente (excluindo o 1º dia), presença de taquicardia consistente e súbita, drenagem uterina purulenta e dor abdominal acompanhada de hipersensibilidade do útero, útero amolecido e hipoinvoluído. Esses sintomas devem ser avaliados passadas 24 horas do parto, quando a mulher entra no período do puerpério imediato. Para isso o presente estudo teve como objetivo fazer um levantamento de estudos que informem o percentual de infecção puerperal que acarretaram em morte materna. O estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratória. Para a seleção dos estudos, realizou-se levantamento no banco de dados BIREME utilizando os descritores causas, morte materna e infecção puerperal, foram incluídas as pesquisas em texto completo e pertencentes à língua portuguesa, perfazendo um total de quatorze artigos. Após leitura exploratória, selecionaram-se 10 artigos para fazer parte do corpúsculo de análise e discussão dos dados. Foram excluídos artigos fora do tema, além de duplicidade dos mesmos. A infecção puerperal, no triênio (2008 a 2010), mostrou que a taxa de letalidade materna foi de 10,9/100.000 partos nos hospitais de referência para gestação de alto risco, e, nos de baixo risco, 3,4/100.000 partos. Um estudo demonstrou que as causas obstétricas diretas mais frequentes foram infecção puerperal (34,9%) e eclampsia (34,9%), seguidas da ruptura uterina intraparto (14,0%) e aborto (7,0%). Concluiu-se com este estudo que a mortalidade materna ainda é um problema de saúde pública no Brasil. Dessa forma, reforça-se aqui a necessidade de implantação de um serviço de controle de infecção hospitalar eficaz, por meio de método prospectivo de vigilância, ainda na admissão, com seguimento pós alta, que possa possibilitar a implementação de ações sistematizadas e direcionadas a essa população, bem como estabelecer medidas de prevenção e controle das infecções.