Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título BOAS PRÁTICAS NO PARTO E NASCIMENTO: DA TEORIA À PRÁTICA
Autores
STELLA ALYNY DE AQUINO COSTA (Relator)
ILARA MARIA FERREIRA ALVES
CYBELE MAURÍCIO QUEIROZ DE SOUZA
LORENA MARIA NOBREGA DE AZEVÊDO
Modalidade Pôster
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: no Brasil, o ministério da saúde criou em 2011 a Rede Cegonha, a qual possibilita a articulação de serviços de atenção à saúde da família desde o planejamento familiar até o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Dentre as diretrizes desta rede, está a “garantia de Boas práticas e segurança na atenção ao Parto e nascimento”, as quais representam mudanças nos modelos antigos de assistência ao parto. Todavia, nos serviços de saúde, ainda não está consolidado este novo modelo de assistência, e é diante desta discussão que se realizou este trabalho, cujo objetivo é relatar a experiência de estudantes de enfermagem durante as atividades vivenciais na assistência ao parto e nascimento. Metodologia: estudo tipo relato de experiência da Prática Vivencial do Cuidado V (PVC V), em uma instituição filantrópica de assistência materno infantil da Região Metropolitana de Natal-RN. A vivência ocorreu durante 5 dias do mês de Abril de 2015 com acompanhamento de uma educadora. As atividades realizadas abrangeram a assistência de enfermagem ao trabalho de parto, nascimento e alojamento conjunto. A partir da análise da vivência, construiu-se uma discussão a partir de artigos e publicações do Ministério da saúde sobre o tema. Resultados: a assistência à saúde materna e infantil já evoluiu bastante nas últimas décadas, todavia, os índices nacionais de mortalidade materna e neonatal ainda demonstram que há necessidade de melhoria da rede de serviços ofertados a este público. Durante nossa vivência, percebemos que há um distanciamento significativo entre as recomendações da Rede Cegonha, e o que acontece diariamente nos serviços de saúde. Dentre as divergências vivenciadas, destacam-se: o parto, que ainda é cercado de procedimentos técnicos que afastam a família deste processo; gestantes pouco informadas e preparadas, o que representa um pré-natal ainda insuficiente; profissionais que desconhecem as novas diretrizes, o que resulta em procedimentos, acolhimento e assistência inadequados e ineficazes; e ambiência desfavorável ao novo modelo. Considerações finais: a experiência vivenciada, embora tenha sido frustrante devido à impossibilidade de concretizar na prática o que se havia estudado com a teoria, foi significativa mediante a compreensão que a consolidação de um novo modelo em saúde necessita, principalmente, do interesse dos profissionais que o vive cotidianamente.