Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título ÓBITO DE MULHERES NO BRASIL RELACIONADO AO ATO DE ABORTAR
Autores
ELAINE CRISTINA BATISTA TAVARES DE SOUSA (Relator)
ELAINE CRISTINA BATISTA TAVARES
JÉSSICA TAVARES DE ASSIS
BETÂNIA MARIA PEREIRA DOS SANTOS
GERLANE CRISTINNE BERTINO VÉRAS
DOUGLAS MENDES CAVALCANTE
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O aborto é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a expulsão do concepto com peso inferior a 500 g e/ou até 20 a 22 semanas completas de gestação. Este ainda constitui um sério problema de saúde pública devendo ser uma das temáticas de destaque nas discussões que abrangem a área da saúde da mulher, uma vez que, é uma das principais causas de morbimortalidade materna em idade fértil nos países onde existem restrições legais quanto a esta prática, como é o caso do Brasil, especialmente quando são realizados por profissionais não especializados, com métodos rudimentares e condições de baixa higiene. Objetivo: Verificar o quantitativo de óbito de mulheres em idade fértil relacionado ao aborto no período de 2008 a 2013 no Brasil. Método: Trata-se de uma pesquisa documental e transversal, com abordagem quantitativa, onde foram utilizados como fonte de dados secundários as informações contidas no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Resultados: Constatou-se a ocorrência de 834 (100%) óbitos, destes, 350 (42%) na região Sudeste; 261 (31%) na região Nordeste; 107 (13%) na região Norte; e 58 (7%) na região Sul e na Centro Oeste. Diante destes dados, podemos confirmar que o aborto continua ocorrendo no Brasil e promovendo o aumento da incidência da mortalidade de mulheres, uma vez que, diante de uma gravidez não planejada e indesejada, estas recorrem a meios clandestinos de abortar e acabam colocando em risco a própria vida. No entanto, vale também ressaltar que estes valores podem ser ainda maiores, devido a subnotificação dos casos de aborto, dificultando assim o real monitoramento da mortalidade materna relacionada a este método. Conclusão: É inegável a necessidade de elaboração de planos de ação por parte dos gestores e profissionais para a promoção da saúde da mulher com atividades educativas que envolvam toda a sociedade, incentivando a prevenção primária no intuito de se evitar uma gravidez indesejada, vislumbrando a redução da morbimortalidade de mulheres em idade fértil. A enfermagem como membro da equipe de saúde, tem um papel fundamental para a elaboração e consequentemente a execução destes planos de ação.