Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título MORTALIDADE DE MULHERES EM DECORRÊNCIA DA PRÁTICA ABORTIVA
Autores
RITA DUARTE BRITO DANTAS (Relator)
ELAINE CRISTINA BATISTA TAVARES
DOUGLAS MENDES CAVALCANTE
JÉSSICA TAVARES DE ASSIS
JANAÍNA FERREIRA MOREIRA
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O aborto por ser uma prática ilegal na maioria dos casos, ainda é responsável por um crescente índice de morbidade e mortalidade em mulheres no Nordeste. Isso acontece em condições precárias, locais impróprios, sem recursos básicos e por indivíduos sem formação profissional ou até mesmo, por profissionais da saúde, que atuam na clandestinidade. Objetivo: Verificar o quantitativo de óbito por aborto no Nordeste no período de 2008 a 2013. Método: Trata-se de uma pesquisa documental, transversal e retrospectiva, com abordagem quantitativa, onde foram utilizados como fonte de dados secundários as informações contidas no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Resultados e Discussão: Verificou-se a ocorrência de 261 (100%) óbitos decorrentes do aborto no Nordeste, destes, 73 (28%) casos na Bahia; 51 (19%) no Maranhão; 39 (15%) em Pernambuco; 25 (10%) no Ceará; 20 (8%) em Sergipe; 19 (7%) no Piauí; 17(6%) em Alagoas; 12 (5%) na Paraíba; e 5 (2%) casos no Rio Grande do Norte. Observa-se que em todos os estados do Nordeste houve óbitos em mulheres em decorrência do aborto, supondo-se que estes ocorreram sem a devida assistência ou, principalmente, na ilegalidade. Conclusão: Diante do exposto, fica evidente que o aborto é realizado no Nordeste, mesmo sendo uma prática ilícita na maioria dos casos, e que este é uma das causas básicas da mortalidade em mulheres em idade fértil, com isto, torna-se imprescindível a existência de estratégias de ação que favoreçam a atenção à saúde integral da mulher de forma holística, humanizada e individualizada, priorizando a prevenção primária.