Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título CAPACIDADE DE AUTOCUIDADO E FATORES ASSOCIADOS À SAÚDE INTEGRAL DO HOMEM
Autores
FRANCISCO BRAZ MILANEZ OLIVEIRA (Relator)
JESSIELLY TAIS FERREIRA GUIMARÃES
ALINE BEATRIZ ROCHA PAULA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: O homem é visto como invulnerável, forte e viril, sendo essas características abaladas pela baixa procura e adesão aos serviços de saúde, o que demonstra sinais de fraqueza, medo e insegurança, contribuindo para que desenvolvam patologias, muitas vezes passíveis de prevenção e tratamento eficiente quando diagnosticadas precocemente. Objetivos: avaliar os fatores associados às capacidades de autocuidado na saúde do homem. Metodologia: estudo transversal, exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa dos dados realizado por meio da aplicação de um questionário contendo variáveis socioeconômicas, clínicas e de hábitos e estilo de vida e da escala para Avaliar as Capacidades de Autocuidado (ASA-A) em 96 operários da construção civil em Caxias-MA. Utilizou-se teste t de Student e o teste ANOVA com valor de p<0,05. Resultados: Participaram do estudo 96 operários do sexo masculino, com faixa etária entre 30 e 39 anos (40,6%), solteiro (49,0%) e casado (41,7%), baixa escolaridade (57,3%), negros (59,4%), católicos (82,3%). Quanto aos hábitos não-saudáveis de vida, 40,6% eram etilistas, 41,7% tabagistas e 95,8% não faziam uso de drogas, entretanto, apenas 4,2% referiram fazer uso de maconha. 68,8% nunca utilizaram camisinha nas relações sexuais, 68,8% iniciaram atividades sexuais entre 10-14 anos e 71,9% negam ter adquirido infecções sexualmente transmissíveis e 9,4% mantinham relações homoafetivas. Chamou-se a atenção para um caso de AIDS no estudo (1,0%). Em relação ao autocuidado, os participantes apresentaram capacidades muito boa (54,2%) segundo a escala de avaliação ASA-A, no entanto, 32,2% referiram nunca buscar assistência médica e 60% raramente ou algumas vezes. Quanto à associação das variáveis com as capacidades para o autocuidado, os resultados revelam que a escolaridade (p=0,031), renda individual (p=0,045), número de pessoas que residem na mesma casa (p=0,033), não ter filhos (p=0,037), ser tabagista (p=0,006), não fazer uso de drogas (p=0,038), não ter adquirido doença sexualmente transmissível (p=0,034) e uso de camisinha (p<0,001) associou-se positivamente com o comportamento de autocuidado para a saúde. Conclusão: Apesar da baixa escolaridade e renda, fatores limitantes do acesso à informação, os participantes demonstraram muito bom conhecimento e atitudes para o autocuidado com a saúde integral do homem.