Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título OS DESAFIOS PARA A INSERÇÃO E ACOLHIMENTO DOS FAMILIARES DOS USUÁRIOS NOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
Autores
PEDRO HENRIQUE MELO ALVES (Relator)
FABIANA LARANJEIRA DA SILVA
JOÃO VICTOR DA SILVA RODRIGUES
JAQUELINE CORDEIRO LOPES
ROBERVAM DE MOURA PEDROZA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A reforma psiquiátrica é representada por um movimento substitutivo ao modelo manicomial, que adota uma perspectiva de cuidado pautado no modelo biologicista e excludente, que não considera a participação dos familiares no cuidado ao portador de transtornos mentais quando os mesmos eram internados nos hospitais psiquiátricos. No entanto, na transição do modelo manicomial para o modelo psicossocial surgem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), enquanto integrante da rede, e a família é reconhecida como protagonista, tanto na construção de políticas públicas de saúde mental, como também no cuidado e acompanhamento de seus parentes. Diante do exposto, o estudo objetiva apresentar as dificuldades para inserir e acolher os familiares dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial. METODOLOGIA: Na construção do presente estudo foi realizado uma revisão bibliográfica através dos artigos publicados na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) no período de 2009-2014, a partir dos descritores: atenção psicossocial, acolhimento, família. Inicialmente foram levantados 24 artigos, mas destes, somente 14 artigos atenderam os pré-requisitos estabelecidos pela pesquisa. As buscas ocorreram no período de maio e junho do ano de 2015. RESULTADOS: A família quando procura os serviços dos CAPS sua expectativa é de encontrar um profissional que tire todas as suas dúvidas ofereça uma escuta qualificada, e que trace um caminho, na tentativa de amenizar e promover uma relação saudável entre familiar-paciente, mas a execução desta prática encontra-se em construção devido a influência do paradigma biomédico existente nestes serviços, uma outra atividade relevante desenvolvida pelo CAPS visando essa perspectiva são os a atividade terapêutica do grupos familiares,onde ocorre uma interação tanto entre as famílias com troca de experiências e vivências, como entre os profissionais, na tentativa de amenizar o sofrimento familiar em relação a sobrecarga física e psicológica. CONCLUSÃO:Para que haja a inserção da família no CAPS, faz-se necessária repensar o modelo de gestão do cuidado e dos serviços, tornando-se essencial o investimento da sistematização em larga escala numa política de educação permanente capaz de desconstruir paradigmas no que tange a saúde mental e que interferem na execução do acolhimento e na construção de vínculos, de forma a promover a interação entre equipe, familiares e usuários, resgatando assim a sua autonomia e cidadania.