Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título IDENTIFICAÇÃO DE GENES EM ACINETOBACTER BAUMANNII RESISTENTE AOS CARBAPENÊMICOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO
Autores
FERNANDA LAYS SOUZA GOES SANTOS (Relator)
TÂNIA MARIA DE ANDRADE RODRIGUES
SONA ARUN JAIN
IZA MARIA FRAGA LOBO
ROBERTO VIVAS DA SILVEIRA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Nos últimos anos houve aumento no número de microrganismos multirresistentes aos antibióticos, principalmente os gram-negativos como Acinetobacter baumannii. As altas taxas de infecção causada por esses microrganismos são responsáveis pela elevada mortalidade, falência da terapia medicamentosa, aumento do período de internação e consequentemente impacto financeiro no sistema de saúde. Os carbapenêmicos configuram a principal escolha no tratamento de microrganismo multirresistentes, no entanto, o surgimento de cepas resistentes a estes antibióticos torna o cenário um problema de saúde pública e a instituição do tratamento um desafio. Dentre os mecanismos de resistência está a produção de enzimas carbapenemases e oxacilinases codificadas por genes presentes nas bactérias. Objetivo: Identificar genes de resistência em Acinetobacter baumannii resistente aos carbapenêmicos através da técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo, quantitativo, desenvolvido junto às cepas de Acinetobacter baumannii resistentes aos carbapenêmicos isoladas dos pacientes da UTI do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). O projeto foi aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de Sergipe. O microrganismo de interesse foi fornecido pelo hospital e após confirmação da resistência aos carbapenêmicos, através do equipamento Vitek 2 compact e Etest®, foram submetidos à técnica multiplex PCR para identificação dos genes OXA-51, 23, 24 e 58 e IMP, VIM e SIM. Resultados: A amostra foi composta por 10 pacientes, a maioria 80% (8) do sexo masculino, idade entre 4 meses e 69 anos. Cinco (50%) eram procedentes da unidade intermediária do HUSE. O sítio mais frequente de isolamento do microrganismo foi o aspirado traqueal com 50% (5), seis (60%) pacientes faziam uso de cinco dispositivos invasivos concomitantemente, com maior tempo de permanência para o traqueóstomo (84,7 dias). Os antimicrobianos mais utilizados foram a vancomicina (70%), seguido do meropenem (50%) e 100% dos microrganismos apresentaram sensibilidade à colistina. Quanto aos genes de resistência sete amostras (70%) apresentaram os genes OXA-51 e OXA-23 simultaneamente e 30% apenas o OXA-51. Conclusão: Todos os microrganismos apresentaram gene de resistência do tipo OXA, confirmando a presença desse gene no HUSE. Trata-se de um estudo relevante, pois não há dados na literatura acerca dos genes de resistência circulantes no Estado de Sergipe.