Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título TRANSFORMAÇÃO DO CORPO TRAVESTIDO: O CAMINHO PARA AUTOACEITAÇÃO
Autores
TAYRINE HUANA DE SOUSA NASCIMENTO (Relator)
ADGUINOELE DA COSTA TEIXEIRA
MARÍLIA BATISTA SAMPAIO
LEÂNIA TEIXEIRA ALEXANDRE
LUANNA SILVA ARAÚJO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Denomina-se travesti um indivíduo do sexo masculino que utiliza de ferramentas no intuito de transformar seu corpo, adquirindo uma aparência feminina, e que se sente atraído sexualmente por outros homens. A construção da identidade travesti é um processo baseado em um conjunto de mudanças como, a aderência a um nome feminino, a busca constante por uma transformação física do corpo através da utilização de hormônios e silicone, além de tornarem suas expressões corporais mais afeminadas possíveis. Entretanto essa busca pelo feminino travesti é complexa, e pode oferecer graves riscos físicos e psicológicos para os indivíduos envolvidos nesse processo. O presente trabalho tem como objetivo discutir as transformações corporais realizadas pelas travestis para a construção de uma nova identidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura de caráter descritivo exploratório, com abordagem qualitativa. Para embasamento teórico, utilizou-se artigos indexados nas bases de dados SCIELO e LILACS dispondo de um total de 10 artigos e selecionados 5 utilizando como critérios de inclusão: artigos publicados no idioma português e que dispusessem de um período de publicação de dez anos. E de exclusão: artigos que não abordassem a temática em questão e que disponibilizassem apenas os resumos. RESULTADOS: Ser travesti trata-se de um processo constante em que o individuo sente o desejo de pertencer cada vez mais ao corpo que agora toma novas formas. As mudanças corporais vêm muitas vezes acarretadas de riscos físicos causados pelo uso indiscriminado de hormônios e aplicação de silicone através de procedimentos clandestinos, elevando o risco de mortes súbitas caracterizados pela falta de cuidados adequados. No contexto emocional essas transformações podem ser vivenciadas como um processo dificultoso para alguns indivíduos, pois neste percurso de tantas mudanças pode haver dores físicas, incompreensão, sentimento de solidão e desamparo. O fato é que travestismo não pode ser visto apenas como um investimento financeiro para mudanças físicas do corpo refere-se muito mais a uma questão emocional e social a ser trabalhada. CONCLUSÃO: Percebe-se que, mesmo parecendo um caminho tão arriscado e incerto, as travestis sentem a necessidade de percorrer todo esse percurso, para que possam alcançar sentimentos de satisfação e realização em relação ao corpo que convivem. Em outras palavras é um trajeto imprescindível para a autoaceitação.