Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título A EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE EM DST/AIDS NO BRASIL
Autores
BRÍGIDA MARIA DINIZ (Relator)
SHEILA MILENA PESSOA DOS SANTOS
POLYANA GALDINO SOUSA BARROS
MIKAEL LIMA BRASIL
OZIMARA DA SILVA LUCENA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) constituem um dos problemas mais comuns no mundo. Após a epidemia de Aids, na década de 80, as DST tornaram-se foco de discussão entre a população científica e as autoridades governamentais. O HIV/Aids é a principal causa de morte entre jovens de 15 a 49 anos no mundo, um aumento de 438% em relação a 1990, quando estava na 10ª posição no ranking mundial. No Brasil, a doença ocupa o 3º lugar no ranking das doenças que mais matam, na mesma faixa etária, porém ocupa o 1º lugar entre as mulheres. Objetivo: descrever a evolução nas políticas de saúde no que se refere às DST/Aids. Metodologia: estudo do tipo bibliográfico, realizada no primeiro semestre de 2015, como primeira fase de um trabalho de conclusão de curso de graduação em enfermagem. Utilizou-se a base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde: Lilacs (57), Coleciona SUS (7), BDENF (4), outras bases (33), a partir dos descritores: DST and políticas públicas. Os critérios foram: trabalhos em língua portuguesa, inglesa e espanhola, sem recorte temporal, excluídas as duplicidades. Alcançou-se a seleção de 07 trabalhos. Além desse material, compuseram o corpus de análise documentos oficiais do Ministério da Saúde do Brasil e da ONU. Por sua vez, os resultados foram organizados e analisados a partir da literatura pertinente. Resultados: até a epidemia de Aids, na década de 80, não havia políticas nacionais para as DST, apesar do impacto que estas sempre causaram. Identificou-se a importância dos movimentos sociais na elaboração da política vigente que, antes de uma posição do governo federal, era responsável pelas ações de controle, prevenção e promoção de saúde, junto às secretarias estaduais de saúde. Em 1988, foi criado o Programa Nacional de DST/Aids e apenas em 1999 foi instituída a Política Nacional de DST/Aids. O Brasil se destaca no enfrentamento da Aids na américa latina e no mundo devido ao investimento em estratégias de prevenção e distribuição de antirretrovirais. Contudo, apresenta-se como lacuna a fragilidade das ações em grupos específicos, evidenciada pelo processo de pauperização, interiorização, feminilização e envelhecimento do perfil populacional afetado. Conclusão: compreende-se que a efetivação das políticas públicas para o enfrentamento das DST/Aids deve ser considerada na prática dos profissionais de enfermagem, sobretudo no desenvolvimento de estratégias de promoção, prevenção e detecção precoce desses agravos.