Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título PREDITORES ASSOCIADOS À QUALIDADE DE VIDA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/SIDA
Autores
FRANCISCO BRAZ MILANEZ OLIVEIRA (Relator)
MARIA ELIETE BATISTA MOURA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Dissertação

Resumo
Introdução: Na multidimensionalidade do viver com HIV/AIDS, a conquista do acesso ao tratamento, a ampliação da oferta do diagnóstico ao vírus Human Imunodeficiency Vírus (HIV) e a cronicidade da AIDS têm provocado impactos na Qualidade de Vida (QV) das pessoas soropositivas. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) em Teresina-PI. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, transversal de abordagem quantitativa desenvolvido com 146 pessoas que vivem com HIV/AIDS em um Serviço de Assistência Especializado (SAE) do município de Teresina-Piauí, no período de agosto a dezembro de 2013. Os dados foram coletados por meio de entrevista mediante aplicação de dois instrumentos: um formulário com variáveis socioeconômicas, clinicas e epidemiológicas, e uma escala de mensuração de QV, o WHOQOL-HIV bref. Posteriormente, os dados foram digitados e analisados com a utilização do Software Statistical Package for Social Science versão 20.0. A significância estatística foi fixada em p<0,05. Resultados: Observou-se que 63,7% dos sujeitos do estudo eram do sexo masculino, com média de idade de 38,4 anos, baixa escolaridade (39%), pardos (43,8%), não praticavam religião (57,5%), assintomáticos (44,5%) e tempo de infecção pelo HIV de 2 a 5 anos (50,7%). Os domínios com melhor QV foram o Psicológico (67,9), Espiritualidade (65,7), e Relações Sociais (65,0). Os domínios com piores escores de QV foram Meio Ambiente (59,2) e Nível de Independência (55,1). Os preditores positivos mais fortemente associados com os domínios de QV foram: ter renda per capita maior que 1 salário mínimo, praticar religião, ter ocupação remunerada, tempo de infecção pelo HIV maior que 8 anos e aderir ao tratamento, enquanto os preditores associados negativamente diminuindo a QV foram: orientação sexual homossexual e bissexual, ter sofrido estigma ou preconceito, presença de medo, ansiedade, depressão e angústia e ter adquirido alguma DST ou infecção oportunista. Conclusão: Este estudo identificou diversas variáveis que influenciaram na QV das PVHA, oferecendo importante contribuição para a equipe de saúde, pois fornece subsídios para compreender melhor a multidimensionalidade dos fatores influenciadores da QV, bem como a instrumentalização da assistência prestada pela equipe multidisciplinar, em especial a de enfermagem.