Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E OBSTÉTRICO DE PUÉRPERAS COM SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO EM UMA UTI OBSTÉTRICA
Autores
NATÁLIA ALICE HERMINIO (Relator)
KELLY PATRÍCIA CANTO DE MELO
JOSÉ FLÁVIO DE LIMA CASTRO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: a gestação é um processo natural que se caracteriza por um conjunto de alterações funcionais e estruturais, tais mudanças tornam o organismo materno predisposto a desenvolver patologias sistêmicas, dentre elas destacam-se as Síndromes Hipertensivas Específicas da Gestação (SHEG), que se caracteriza pelo aumento dos níveis pressóricos ≥ 140/90 mmHg e se subdividem em hipertensão crônica ou gestacional, pré-eclâmpsia, eclampsia e síndrome HELLP. Diante dessa realidade, as SHEG são consideradas um grande problema de saúde pública, devido à gravidade para o binômio (Mãe-filho) e a necessidade de internamento nas unidades de terapia intensiva obstétrica. Objetivo: caracterizar o perfil epidemiológico e obstétrico de puérperas com síndromes hipertensivas na gestação internadas em uma unidade de terapia intensiva obstétrica. Métodos: estudo descritivo, retrospectivo, transversal e com abordagem quantitativa, desenvolvido com as puérperas com diagnóstico de síndrome hipertensiva na gravidez internadas na UTI obstétrica no período de Agosto à Dezembro de 2012. Realizou-se a análise estatística descritiva a partir da coleta dos dados nos prontuários. Resultados: foram estudadas 214 puérperas diagnosticadas com a patologia. Caracterizando o perfil sócio demográfico destacam-se a média de idade que foi de 25, 2 anos, a raça parda (51,9%), o ensino médio completo (50,9%), ocupação dona de casa (65,0%), e a vivência com companheiro (72,9%). Quanto ao perfil gineco-obstétrico, grande parte era primigesta, tiveram a gestação interrompida entre 36 e 42 semanas e 3 dias (75,2%), apresentaram de um a quatro abortos prévios (19,7%), realizaram parto cesáreo (64,5%). Em relação às complicações na gestação atual, a pré-eclâmpsia prevaleceu entre as puérperas do estudo se manifestando em (79,0%). O intervalo de tempo médio de permanência hospitalar ficou entre 5 a 15 dias, no qual (99,5%) das pacientes estudadas receberam alta e apenas (0,5%) tiveram por desfecho o óbito. Conclusões: identificou-se que as variáveis clínicas e epidemiológicas das puérperas encontradas no estudo foram semelhantes aos achados em outros estudos brasileiros, com a pré-eclâmpsia como a síndrome mais prevalente. E apesar da grande prevalência da síndrome, obtiveram-se baixa mortalidade materna, possivelmente pela a assistência de qualidade prestada.