Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título DOENÇAS EM PESCADORES DE COMUNIDADE PESQUEIRA DO MOSQUEIRO, ARACAJU/SE
Autores
THIAGO JOSÉ MAGALHÃES SILVA VIANA (Relator)
GUILHERME MOTA DA SILVA
CARLA GRASIELA SANTOS DE OLIVEIRA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a pesca é reconhecida como uma das atividades de trabalho mais arriscadas e coloca os seus trabalhadores em risco de morte. OBJETIVO: Identificar as principais doenças que acometem os pescadores/marisqueiras da comunidade pesqueira do Mosqueiro no município de Aracaju/SE. METODOLOGIA: Tratou-se de uma pesquisa de delineamento transversal, inquérito epidemiológico, de caráter exploratório, analítico, com abordagem quantitativa realizada na comunidade pesqueira. Os participantes da pesquisa foram submetidos a exame físico delineado, conforme os princípios básicos da semiologia, incluindo inspeção, palpação, percussão e ausculta de todos os segmentos corpóreos, também foram verificados os sinais vitais: temperatura corporal, frequência cardíaca, frequência respiratória, pressão arterial auscultatória e peso e altura. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Com o mapeamento de fatores de risco e nutricionais para hipertensão arterial na população estudada observou-se que 36,22% (134) apresentavam-se eutróficos, enquanto 34,05% (126) eram pré-obesos e 22,43% (83), obesos em grau I, II ou III. Quanto aos sinais vitais, observou-se que 84% (311) dos indivíduos estudados apresentavam normocardia, 13,5% (50) estavam bradicárdicos e apenas 2,4% (9) apresentavam taquicardia. Foram encontrados 17,85% (24) dos homens somente com cefaleia, 37,85% (87) com cefaleia e lombalgia e 19,28% (26) relataram possuir somente lombalgia. Dentre as mulheres, 15,65% (35) descreveram a existência de casos de cefaleia, 66,52% (153) relataram casos de cefaleia e lombalgia, e 14,78% (33) relataram possuir somente lombalgia. Dentre os cortes relatados pelas mulheres, 50% (115) das mulheres descreveram cortes com ostras, siris, peixe e 55% (77) dos homens já se cortaram com ostras, facas, bagre, arraia e o niquim. CONCLUSÃO: De acordo com as doenças encontradas e sinais e sintomas decorrentes de acidentes causados nesta população, podem-se classificar essas ocorrências como um problema de saúde. Muitas vezes, os pescadores da comunidade e as marisqueiras não procuram o serviço de saúde em caso de acidente a não ser quando ocorre algum tipo de infecção secundária por não conhecerem os diversos riscos gerados pela atividade laboral da pesca.