Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE: DESAFIOS DA ENFERMAGEM NO CONTROLE DA TUBERCULOSE
Autores
FRANCISCA RAYANE FEITOZA LEDO (Relator)
TALLES HOMERO PEREIRA FEITOSA
JOSÉ LUCAS SOUZA RAMOS
YLÂNIA DE MOURA SOUZA VASCONCELO
THIÁSKARA RAMILE CALDAS LEITE
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é caracterizada como doença infectocontagiosa que atinge, preferencialmente a região pulmonar. Estima-se que no Brasil o risco para a contaminação de TB na rede carcerária seria 27 vezes maior em relação a população livre. O desenvolvimento de TB nos privados de liberdade pode acontecer por diversos fatores, como: baixa ventilação e limitada iluminação solar, higiene precária, superlotação dos ambientes, inadequações estruturais, dificuldades no acesso à saúde, dentre outros. OBJETIVO: Identificar os desafios da equipe de enfermagem no cuidado aos privados de liberdade infectados por tuberculose. METODOLOGIA: Trata-se de revisão integrativa da literatura cujo levantamento dos artigos deu-se entre junho e julho de 2015 através da busca na Biblioteca Virtual de Saúde usando os descritores tuberculose, prisões, cuidados de enfermagem e utilizando o boleando OR. Foram encontrados 499.173 resultados e posteriormente aplicados os filtros: artigos, trabalhos completos, em português, bases de dados nacionais e nos últimos dez anos. Assim, foram encontrados 181 resultados.Para análise, realizou-se leitura exaustiva e enumeração dos dados relevantes para a pesquisa. RESULTADOS: A enfermagem dentro do processo prisional exerce papel fundamental para a educação em saúde e para a avaliação e, consequente, diagnóstico precoce da TB. O maior desafio para a área é a estrutura penitenciaria, que está em desalinho com a promoção de uma qualidade de saúde adequada, pois na maioria encontra-se com sua capacidade populacional excedida, além de não ter condições de ventilação e iluminação adequadas aumentando assim as condições de propagação da tuberculose entre os presos. O acesso limitado caracteriza também uma dificuldade importante,bem como,a possibilidade de diagnósticos precoces e rápidos.Além disso,há alguns doentes que ocultam sua sintomatologia para não serem discriminados entre os próprios presos. CONCLUSÃO: Os desafios para o controle e tratamento da tuberculose no sistema prisional ainda são muitos e necessitam de uma intervenção urgente. Assim, sugere-se o fortalecimento das ações dentro do sistema prisional, buscando a melhoria dos recursos humanos para lidar melhor com essa população, e ainda,a integração das diversas áreas firmando parcerias governamentais, não governamentais e atuação multiprofissional da saúde para a atenção não só à tuberculose, mas a ampla variedade de patologias que podem acometer essa população específica.