Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO AOS PACIENTES EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO
Autores
BRUNO COSTA SILVA (Relator)
PAULA VITORIA COSTA GONTIJO
SAMAE BATISTA DE OLIVEIRA
PAULO ROBERTO DA SILVA RIBEIRO
VIVIAN APARECIDA MAIA FERREIRA GUIMARAES
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função renal, sendo o tratamento substitutivo mais utilizado a hemodiálise (HD), que garante a manutenção da vida do paciente, mas também exigi cuidados complementares, impondo-lhe limitações. A educação em saúde propícia ao paciente em HD o conhecimento de sua condição, contribuindo para uma melhor adesão à terapêutica. Este trabalho objetivou a aplicação de práticas educativas para levar informações sobre os aspectos positivos e como minimizar as limitações da HD aos pacientes. Assim, este estudo foi realizado com 147 pacientes com DRC em tratamento hemodialítico na Clínica de Nefrologia de Imperatriz-MA no período de outubro de 2014 a abril de 2015. Inicialmente, foi aplicado um roteiro de entrevista para coletar os dados sociodemográficos e avaliar a concepção desses pacientes sobre a HD. Com base nos resultados, foi elaborada e ministrada a palestra intitulada “Aspectos Positivos e Meios para Superar as Limitações da Hemodiálise”. Esta foi realizada durante as sessões de HD e teve duração de 30 minutos para a palestra e discussão sobre a temática abordada. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, sob parecer 056/2012. Constatou-se que a maioria dos pacientes é do sexo masculino (59,2%), com idade inferior a 60 anos (63,9%), com ensino fundamental incompleto (49,7%) e com renda mensal de até 2 salários mínimos (82,9%). Apesar de 61,9% dos entrevistados negarem ter dúvida sobre a HD, verificaram-se concepções errôneas ou deficientes em suas falas, tais como: “Pra curar meu rim, tenho que fazer este tratamento”(P13) e “É pra limpar o sangue”(P05), sendo observado as limitações que mais os incomodam em discursos como “não posso trabalhar”(P15), “É bom viajar, mais agente é preso.”(P19) e “Mudou muito a alimentação e o tanto da água.”(P54). Durante a realização da palestra, os pacientes tiveram a oportunidade para tirar dúvidas, como “Tem cura pra essa doença?”(P09) e “Essa máquina faz o rim voltar a funcionar?”(P68). Observou-se que esta atividade educativa proporcionou aos investigados a compreensão básica a respeito da DRC e da HD, tendo como base as necessidades que estes apresentaram ao longo deste estudo. Além disso, este trabalho contribuiu para a formação dos acadêmicos, pois o contato com a sociedade permitiu-lhes vivenciar situações que não são comuns ao cotidiano universitário.