Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título A VACINA BCG ID: AVALIAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS ASSOCIADOS À SUA ADMINISTRAÇÃO
Autores
VERUSA FERNANDES VERUSA F. VERUSA F. DUARTE (Relator)
FRANCISCO SILVESTRE BRILHANTE
JOSELINE PEREIRA LIMA
PATRICIA FERNANDES DA SILVEIRA
MÁRCIA JAQUELINE DE LIMA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ética, legislação e trabalho
Tipo Monografia

Resumo
A Tuberculose (TB) no Brasil, assim como no mundo, apresentou ao longo da história um impacto de grande magnitude para as populações humanas, tendo maior notoriedade nos finais do século XIX e início do XX. Recentemente, tem sido observada a elevação de casos de TB em países com alta incidência da Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), a exemplo de países africanos.O presente estudo objetivou avaliar os riscos ocupacionais a que estão expostos os vacinadores que trabalham na administração da vacina BCG ID. A pesquisa foi de natureza descritiva e exploratória, com abordagem quantitativa. Foram pesquisados 13 vacinadores do BCG ID atuantes em Unidades de Saúde da Família do município de Mossoró – RN, através da aplicação de formulários. Quanto aos resultados constatou-se que cinco deles (38,5%) já haviam sofrido alguma tipo de acidente durante a administração do BCG ID, dos quais três (60%) relataram ter se acidentado através de perfuração e dois (40%) através de respingo da vacina BCG ID nas mucosas. Todos os acidentados (cinco) relataram ter desenvolvido sinais e sintomas após o acidente, como hiperemia ocular, processo inflamatório na pele, ardência na garganta entre outros. Em relação ao uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) constatou-se que três não usavam EPIs durante o acidente, e somente dois fizeram o uso de máscara. Quanto às medidas de prevenção contra reações adversas pós-acidente, constatou-se que 80% dos vacinadores do BCG ID não tomaram medida alguma. Todos os entrevistados (100%) relataram ter consciência dos riscos ocupacionais aos quais estavam submetidos, que foram associados à possibilidade de desenvolvimento de tuberculose (por 50% dos entrevistados) ou de tuberculose ocular (25%). Assim como os entrevistados relataram que o uso de EPIs se faz necessário, porém 53,8% não faziam uso de EPIs. Foi verificado que 23,1% não possuíam capacitação, apesar de realizarem a administração do BCG ID. Conclui-se que os vacinadores do BCG ID da cidade de Mossoró-RN não fazem uso de EPIs na administração e manipulação do BCG ID, e que necessitam de capacitação para o desenvolvimento adequado de suas atividades laborais, o que promoveria uma minimização dos riscos de acidentes ocupacionais.