A Organização Mundial da Saúde recomenda apenas o leite materno durante o primeiro semestre de vida, isso porque dentre outros motivos o leite é tido como uma das maiores estratégias naturais de afeto, vínculo, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais econômica e eficaz intervenção para diminuição da morbimortalidade infantil. Entretanto, apesar de campanhas do Ministério da Saúde, poucas crianças recebem o aleitamento materno exclusivo por razões diversas. O objetivo deste estudo foi identificar as principais causas apontadas pelas mães para a inclusão de alimentação complementar durante os seis primeiros meses de vida e o que as levam à realizar o desmame precoce. Estudo transversal, desenvolvido com 265 mães, maiores de 18 anos e residentes no município de Imperatriz – MA, usuárias da atenção básica em saúde e que tenham praticado a alimentação complementar ou desmame precoce durante os seis primeiros meses do bebê. A amostra foi obtida por conveniência, sendo a coleta realizada durante os meses de outubro a novembro de 2014. Utilizou-se um instrumento estruturado, sendo a análise de dados realizada a partir do programa SPSS versão 16.0. Foi aplicado o teste de qui-quadrado de Pearson para verificação da associação entre as variáveis e considerou-se significante valores de p≥0,001. A média de idade das participantes 24,7 anos e escolaridade predominante referente ao primeiro grau completo (29,8%). A maioria era multípara (61,5%), realizaram pré-natal na última gestação (99,6%), com média de 5,63 consultas, sendo orientadas acerca do aleitamento por diversas vezes (65,7%). Observou-se que a maioria das mães iniciaram o aleitamento materno até o primeiro mês de vida da criança (69,1%). Todas ofertavam água para o bebê e (15,8%) realizou desmame precoce, (21,9%) justificam esse ato por acharem que seu leite materno é fraco. Observou-se uma associação entre a rejeição da criança ao seio materno e a dificuldade na pega correta, que resultou no abandono da lactação. Assim, torna-se evidente a necessidade de ações educativas durante as consultas de pré-natal e puerpério realizadas pelo enfermeiro para tornar concreto o sucesso do aleitamento materno. |