Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO ADOTADAS POR PESSOAS VIVENDO COM AIDS
Autores
BÁRBARA COELI OLIVEIRA DA SILVA (Relator)
RAFAEL TAVARES SILVEIRA SILVA
CRISTIANE DA SILVA COSTA
VINICIUS LINO DE SOUZA NETO
RICHARDSON AUGUSTO ROSENDO DA SILVA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A melhoria da qualidade de vida de pessoas com AIDS está associada à crescente adesão a Terapia Antirretroviral (TARV) e a evolução dos exames e medicamentos. Entretanto, tal doença continua causando um forte impacto na vida dessas pessoas. Na perspectiva de reduzir o sofrimento psicológico oriundo de todas as dificuldades relacionadas à AIDS, é necessário desenvolver estratégias de enfrentamento. O Coping (ou estratégias de enfrentamento) trata-se de pensamentos e comportamentos que a pessoa usa como estratégia para organizar as demandas internas e externas de um determinado evento ou fator estressor. Objetivo: Identificar as estratégias de enfrentamento de pessoas vivendo com AIDS frente à situação da doença e analisá-las segundo variáveis socidemográficas, clínicas e hábitos de vida. Metodologia: Pesquisa descritiva, transversal e quantitativa. A amostra foi composta por 331 pessoas soropositivas com agendamento ambulatorial entre fevereiro e agosto de 2014 de um hospital de referência de Natal/RN. Para coletar os dados, foi utilizado o Inventário de Estratégias de Enfrentamento de Folkman e Lazarus (IEEFL). Resultados: Houve maior referência dos modos de enfrentamento focados na emoção, embora a resolução de problema tenha sido o segundo mais frequente. Os escores médios das mulheres, dos trabalhadores, dos religiosos e dos que nunca abandonaram o tratamento foram mais elevados para todos os fatores. Ter companheiro, morar com familiares e apoio no tratamento apresentaram maiores escores médios para vários fatores, coincidindo no confronto, afastamento e suporte social. Quanto ao lazer e à prática de exercícios físicos, também predominaram os modos focados na emoção, assim como foi observado na correlação entre o tempo de tratamento, a escolaridade e a renda familiar e os fatores do IEEFL, embora com intensidade fraca. Conclusão: Compreender, portanto, os modos de enfrentamentos utilizados por adultos soropositivos é fundamental para a enfermagem e para a equipe de saúde, na perspectiva de traçar estratégias de intervenções e uma terapêutica mais adequada as reais necessidades dessa população que tanto sofre com as mudanças no seu cotidiano impostas pela doença, pelo sentimento de culpa de tê-la adquirido, pelo preconceito e discriminação. Portanto, faz-se necessária a ampliação do número de estudos sobre Coping e HIV/ADIS para suprir a lacuna existente.