Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título VIVÊNCIAS DE ADOLESCENTES E JOVENS DIAGNOSTICADOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA
Autores
RUTH CARDOSO ROCHA (Relator)
MARIA AUGUSTA ROCHA BEZERRA
JOSILENE ALVES DA ROCHA SANTOS
ANGELINA MONTEIRO FURTADO
MARIA LUZINETE RODRIGUES DA SILVA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: A Doença Renal Crônica (DRC) afeta várias dimensões do ser humano, sejam elas físicas, psicológicas, econômicas, sociais, agravando-se a situação quando se trata de jovens e adolescentes que necessitam de cuidados especiais e de apoio familiar efetivo nas tomadas de decisões. OBJETIVO: Compreender as vivências de adolescentes e jovens com diagnóstico de DRC. METODOLOGIA: Estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, desenvolvido em uma clínica de nefrologia do município de Floriano, Piauí, no período de maio a junho de 2014. Participaram adolescentes e jovens diagnosticados com DRC que faziam tratamento hemodialítico na referida instituição, após determinação da amostragem por saturação teórica, e as informações foram obtidas através de entrevista semiestruturada. A análise e interpretação do corpus foram realizadas por meio da técnica de Análise de Conteúdo, tendo sido a pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, da Universidade Federal do Piauí/Campus Amílcar Ferreira Sobral pelo parecer 1.041.707/2015. RESULTADOS: Participaram 13 adolescentes e jovens, em sua maioria mulheres, advindos de municípios do estado do Maranhão e do Piauí. A idade variou entre 17 a 29 anos e a escolaridade prevaleceu o ensino fundamental incompleto. O tratamento hemodialítico representa para a maioria dos participantes a continuidade da vida, porém com impacto significativo em sua qualidade. Vários fatores repercutem no vivenciar de cada participante e incluem as condições física, psíquica, social e econômica, dentre elas o sentimento de tristeza e conformidade à espera por um transplante. Os adolescentes e jovens relataram também a dificuldade relacionada à dependência da hemodiálise que contribui para o baixo nível de escolaridade, já que a maioria dos pacientes tinha entre 17 e 29 anos e deveria estar cursando o ensino médio. Infere-se que esta dificuldade para acompanhar as atividades pedagógicas propostas pela escola deve-se à necessidade dos adolescentes e jovens em investir seu tempo na terapia clínica e também devido ao deslocamento para realização do tratamento hemodialítico em outro município (situação vivenciada pela maioria dos participantes). CONCLUSÃO: O tratamento hemodialitico para os participantes da pesquisa representa um meio de sobrevivência, entretanto atrapalha sua rotina e dinâmica de vida, em especial pela necessidade de adesão ao tratamento e a negação em ser um paciente doente renal crônico.