Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título UTILIZAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS NA ATENÇÃO AO PARTO E NASCIMENTO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Autores
ALEXANDRA DO NASCIMENTO CASSIANO (Relator)
MÉRCIO GABRIEL DE ARAÚJO
FLÁVIA ANDREIA PEREIRA SOARES DOS SANTOS
JOVANKA BITENCOURT LEITE CARVALHO
BERTHA CRUZ ENDERS
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Historicamente, o modelo de atenção ao parto foi caracterizado pela abordagem biologicista e intervencionista. A partir da década de 1980, discussões surgidas na perspectiva de modificar os paradigmas da assistência obstétrica, culminaram com a divulgação das Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimento, as quais devem ser adotadas durante esse atendimento. OBJETIVO: Verificar a utilização das boas práticas na assistência ao parto eutócico em um hospital universitário. METODOLOGIA: Estudo transversal e descritivo de abordagem quantitativa, realizado no município de Santa Cruz, Rio Grande do Norte, Brasil. A amostra foi obtida por conveniência. A coleta foi realizada durante o mês de maio de 2015, por meio de consulta aos prontuários, bem como mediante a realização de entrevista estruturada. Para tanto, foi solicitado às participantes a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram incluídas as puérperas com no máximo 48 horas após o parto eutócico e de risco habitual e excluídas aquelas que pariram em trânsito ou que foram admitidas em período expulsivo. Os dados foram analisados com uso do SPSS 20.0. O trabalho teve parecer aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com nº 1.034.398, C.A.A.E. 43945415.4.0000.5568. RESULTADOS: A amostra foi composta por 92 puérperas que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. A idade média das mulheres em pós-parto foi de 23,63 anos. Quanto ao histórico obstétrico, 55,4% eram multíparas e 44,6% primíparas. Dos partos realizados, 50% foram assistidos por médicos e 50% por enfermeiros. As variáveis: respeito à privacidade; oferta de líquidos durante o trabalho de parto e parto; acompanhamento multiprofissional; presença do acompanhante; adoção de posição não-supina e uso de ocitócito durante a dequitação estiveram presentes em 100% dos partos. No que se refere, as variáveis, apoio empático dos profissionais; fornecimento de informações e monitoramento fetal pela ausculta intermitente foram constatadas em 98,9%. O contato precoce entre mãe e bebê aconteceu em 93,5% e a utilização de métodos não farmacológicos para alívio da dor ocorreu em 57,6% dos casos. Em contrapartida, verificou-se que o menor percentual correspondeu ao uso do partograma (20,7%). CONCLUSÕES: Observou-se a frequente utilização das recomendações feitas pela Organização Mundial de Saúde. Este fato aponta para a transformação do modelo de atenção ao parto, na perspectiva da humanização, na maternidade em apreço.