Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título O ENFERMEIRO E A CRIANÇA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA: PARTICULARIDADES E DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA HOSPITALAR
Autores
THALYS MAYNNARD COSTA FERREIRA (Relator)
ROSSANA SANTOS DE ANDRADE
EVYLLÂNE MATIAS VELOSO FERREIRA
ÉRIKA LEITE DA SILVA CARDOSO
MARTA MIRIAM LOPES COSTA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
A violência contra a criança consiste em qualquer ato que venha a ferir a integridade desta de um modo que acarrete danos físicos e/ou psicológicos, podendo gerar sequelas irreversíveis, e até mesmo o óbito. A assistência de enfermagem no âmbito hospitalar visa tratar as lesões e traumas ocasionados à criança, porém o atendimento nunca deverá ser voltado exclusivamente ao cuidado com o organismo e seus aspectos fisiológicos conturbados pelo ato. Lidar com violência infantil requer atenção a uma amplitude de fatores, desde emocionais, psicológicos, até os sociais, tornando o processo classificado como de alta complexidade. Evidenciar a importância da atuação de caráter holístico do enfermeiro no serviço hospitalar frente à criança vítima de violência. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, fundamentada numa abordagem qualitativa realizada a partir de uma busca online de artigos publicados nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Lilacs e PubMed, em português, texto completo, no período de 2005 a 2015, utilizando os descritores: enfermagem pediátrica, maus-tratos infantis e pediatria, onde foram analisados um total de 22 artigos científicos dentro da temática. Existe uma grande necessidade de preparo dos enfermeiros assistenciais, que se encontram desde a porta de entrada, até as clínicas dos hospitais que recebem pacientes pediátricos, visto que ainda são deficitários os diagnósticos situacionais e clínicos do paciente vítima de violência. São vários os tipos de violência contra a criança, e o enfermeiro, enquanto profissional que atua de forma conjunta, deve estar atento a todos eles a fim de detectar precocemente o quadro em questão. Detecção de sinais clínicos específicos, alterações psicossociais de acordo com a faixa etária do desenvolvimento, execução da notificação dos casos, denúncia a nível hospitalar, além do domínio do manejo em lidar com o acompanhante/família inserido no ambiente de internação, mesmo sabendo que a mesma pode ter praticado a violência contra a criança, são pontos que fazem parte do processo assistencial do enfermeiro e que são considerados desafiantes para aquele que presta cuidados a vítima. Logo, lidar com a criança hospitalizada, a qual foi violentada, requer preparo, precisão e um olhar aguçado e resolutivo frente a tal problemática, que se não for alvo de intervenção do enfermeiro, poderá repercutir de forma preocupante na vida do pequeno paciente.