Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título A EQUIPE DE ENFERMAGEM E A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES
Autores
ANA ELZA OLIVEIRA DE MENDONÇA (Relator)
VINICIUS LINO DE SOUSA NETO
RICHARDSON AUGUSTO ROSENDO DA SILVA
JOÃO EVANGELISTA DA COSTA
FÁBIO CLAUDINEY DA COSTA PEREIRA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ética, legislação e trabalho
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: os profissionais de saúde estão frequentemente expostos a riscos biológicos e dentre as infecções com maiores taxas de transmissão, encontram-se as transmitidas por sangue e fluidos corpóreos (hepatite B, hepatite C e HIV) e as de transmissão aérea, como: tuberculose, varicela-zoster e sarampo1. Os problemas decorrentes da exposição ocupacional a patógenos transmitidos pelo sangue não se deve somente à aquisição da infecção, já que, anualmente milhares de trabalhadores de saúde são afetados por traumas psicológicos com alto impacto na vida sexual, além dos efeitos colaterais das drogas profiláticas e o risco de perder o emprego2. A relevância desse assunto, se deve as estatísticas de acidentes motivados por picada de agulhas serem responsáveis por 80% a 90% das transmissões de doenças infecciosas entre trabalhadores de saúde, sendo a chance de transmissão de infecção por agulha contaminada ser de uma em três para Hepatite B, uma em trinta para Hepatite C e uma em trezentos para HIV3. OBJETIVO: identificar a ocorrência de acidentes com perfuro cortantes entre profissionais de enfermagem e a região corporal mais afetada. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado de março a julho de 2013, em um hospital de grande porte na região Nordeste do Brasil. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), CAAE: 0003.0.294.000.11. RESULTADOS: foram entrevistados 45 profissionais de enfermagem, dos quais 80% eram do sexo feminino, com média de 34,6 anos (± 8,1), 66,7% eram técnicos de enfermagem e trabalhavam em regime de plantão de 12 horas, no turno noturno (48,9%). A análise dos acidentes revelou serem os dedos a região corporal lesionada com maior frequência (35,6%), seguido de 13,4% que sofreram lesão nas mãos. Quanto ao fator desencadeante do acidente em 48,8% dos pesquisados foi reencape de agulhas, seguido de 11,1% em que foi o manuseio de material contaminado. CONCLUSÃO: os profissionais de enfermagem são vulneráveis a riscos biológicos em seu processo de trabalho, devido à manipulação constante de materiais perfurantes e cortantes. Frente a esses achados, espera-se que sejam planejadas ações educativas voltadas à equipe de enfermagem, visando à sensibilização acerca desta temática e a redução da ocorrência desses acidentes.