Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título A CONCEPÇÃO DO ENFERMEIRO SOBRE A ATIVIDADE DE BRINCAR EM CLÍNICA CIRÚRGICA PEDIÁTRICA
Autores
LÍLIAN DORNELLES SANTANA DE MELO (Relator)
JOSEIR SATURNINO CRISTINO
ARINETE VÉRAS FONTES ESTEVES
ADERLAINE DA SILVA SABINO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O Brincar para a criança é importante no desenvolvimento funcional, psicológico e social. Verifica-se que durante a brincadeira a criança se comunica ao expressar seus sentimentos e cria vínculos. Esta atividade também se caracteriza como necessidade básica e por isso não deve ser esquecida, principalmente quando no adoecimento e hospitalização, pois a brincadeira transformar ambiente em um lugar descontraído que se aproxima do cotidiano, facilitando a adaptação hospitalar. Objetivo: Conhecer a importância da atividade de brincar sob a ótica do enfermeiro como uma dimensão do cuidado à criança hospitalizada. Metodologia: Estudo prospectivo e descritivo, de abordagem qualitativa, realizado com 5 enfermeiras que atuam na clínica cirúrgica do Instituto da Criança do Amazonas. A coleta de dados foi através de entrevista semi-estruturada e ocorreu entre dezembro de 2014 a janeiro de 2015. Para análise foi feita transcrição das falas na íntegra, mantendo a fidedignidade da informação e posteriormente, organizadas em categorias, de acordo com a semelhança das respostas. Resultados: As enfermeiras reconhecem a importância do brincar no hospital, citando como benefícios a diminuição das tensões e do estresse gerado pela hospitalização, além de possibilitar momentos de distração e alegria. Em contrapartida, apesar de serem cientes sobre a importância do brincar, foi possível identificar deficiência no conhecimento quanto a regulamentação do uso desta atividade no ambiente hospitalar. A implementação como rotina no serviço é impedida por alguns obstáculos, sendo os mais citados: falta de tempo, alta demanda de serviço e responsabilidade pelas atividades administrativas e assistenciais. Além disso, as enfermeiras da clínica cirúrgica, não disponibilizam de brinquedo para utilizarem durante a assistência, porém algumas aplicam estratégias recreativas como forma de distrair a criança antes da realização de procedimentos ou simplesmente para proporcionar um momento de descontração. Conclusão: O enfermeiro deve considerar que promover saúde não se resume à cura ou redução do tempo de internação. Diante disto, a atuação na clínica pediátrica necessita de um olhar sensibilizado para perceber o ser criança de forma integral, buscando oferecer uma assistência qualificada e um cuidado humanizado.