Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título DOR ONCOLÓGICA: PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO, CLÍNICO E TERAPÊUTICO DE ADOLESCENTES COM CÂNCER
Autores
MILCA SILÍCIA MORAIS PESSÔA (Relator)
JESSICA MAYARA DA SILVA OLIVEIRA
GLENDA AGRA
ELTON DE LIMA MACÊDO
MARTA MIRIAM LOPES COSTA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: No Brasil, no ano de 2012, surgiram cerca de 384.340 novos casos de câncer, sendo que 11.530 destes casos novos atingiram crianças e adolescentes até os 19 anos. A sintomatologia vai depender do tipo e localização do câncer, no entanto a dor está presente, e é considerada o sintoma mais devastador. OBJETIVO: Traçar o perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de adolescentes com câncer apresentando dor oncológica. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem quantitativa. A população do estudo foi constituída de 17 adolescentes e amostra foi representada por oito participantes que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão. A pesquisa atendeu aos critérios éticos da Resolução 466/20128 do Conselho Nacional de Saúde que norteia pesquisas envolvendo seres humanos, sendo realizada após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob o CAAE 21145313.4.0000.5182. RESULTADOS: Apesar da amostra exígua, revelou que a maioria dos adolescentes participantes da pesquisa era do sexo masculino e a neoplasia mais prevalente foi a leucemia. No tocante às características da dor, os participantes da pesquisa revelaram que sentiam dores moderadas a intensas, no entanto, os dados coletados a partir da leitura dos prontuários mostraram que a equipe multidisciplinar não utilizava nenhum instrumento para avaliação da dor e que o tratamento farmacológico utilizado para controle dos episódios álgicos era a associação de analgésicos não opióides e antinflamatórios não esteroidais, o que diverge das recomendações propostas pela Escada Analgésica da Dor, que preconiza opioides fracos e fortes para dores moderadas e fortes. No que se refere ao tratamento não farmacológico, o mais enfatizado pelos adolescentes foi a massoterapia; os aspectos agravantes e atenuantes da dor ressaltados pelos participantes da pesquisa foram o esforço físico, o repouso e o medicamento, respectivamente. Um ponto crucial a ser relembrado foi que a maioria dos adolescentes percebe a dor como um sintoma que traz tristeza, sofrimento e medo. CONCLUSÃO: Mostra-se urgente que os profissionais que atuam diretamente com cuidados voltados aos adolescentes com câncer, avaliem e controlem a dor oncológica e que implementem, em suas respectivas instituições, métodos avaliativos da dor, pois tal ação facilita o controle álgico, auxiliando os cuidados que devem ser prestados a estes adolescentes para minimizar tal sintoma.