Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES RENAIS EM HEMODIÁLISE: ESTUDO EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO, CAMPINA GRANDE - PB
Autores
ANDREIA DA SILVA MOREIRA (Relator)
DÉBORA TAYNÃ GOMES QUEIROZ
DEISE XAVIER SIMPLÍCIO
KATTY ANNE AMADOR DE LUCENA MEDEIROS
ELOÍDE ANDRÉ OLIVEIRA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Monografia

Resumo
A insuficiência renal crônica (IRC) constitui um grave problema de saúde pública cuja incidência e prevalência vem aumentando a cada ano. De acordo com o Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, em 2011, havia 91.314 pacientes em tratamento dialítico. A Hemodiálise (HD) é o método de substituição da função renal mais utilizado e pode afetar consideravelmente a qualidade de vida (QV) do paciente renal crônico ao provocar mudanças físicas, psicológicas e sociais inevitáveis. A avaliação da QV valoriza a perspectiva do indivíduo e permite dimensionar o real impacto de uma enfermidade e seu tratamento no seu cotidiano. O resultado dessa avaliação permite uma atuação mais direta dos profissionais de saúde, entre eles o enfermeiro, no que se refere à manutenção da vida saudável do paciente. Objetivo: Avaliar a QV de pacientes renais submetidos à HD. Metodologia: Estudo transversal, de abordagem quantitativa realizado com pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico em uma unidade de HD de um Hospital Filantrópico no município de Campina Grande-PB. A avaliação da QV foi realizada por meio da aplicação do questionário validado World Health Organization Quality of Life – bref (WHOQOL-bref) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Resultados: Foram analisados 36 pacientes, a maioria homens (53%), com média etária de 48,69 anos, casados (69%), com ensino fundamental (42%), aposentados (78%), renda familiar mensal de 1 a 2 salários mínimos (39%), 39%, hipertensão arterial sistêmica como diagnóstico de base (33%), com até 1 ano (33%) de tempo de tratamento hemodialítico. A QV geral da maioria dos participantes (86,1%) foi mediana. Vale ressaltar que o percentual de quem afirmou ter QV baixa foi maior no domínio ambiental (5,6%) A maioria das pessoas que avaliaram sua QV como “ruim” era do sexo feminino (17,3%). Conclusão: O padrão de QV mediana sugere que a IRC e HD podem interferir na satisfação da vida dos pacientes, porém, apesar das dificuldades, os mesmos demonstraram adaptação à sua condição de saúde. A forma de lidar com o tratamento de HD é individual e subjetiva e visto que a enfermagem possui contato direto com o paciente, cabe à equipe de enfermagem prestar uma assistência adequada e holística durante este processo que contemple as necessidades individuais do paciente renal crônico promovendo a adaptação do mesmo ao tratamento hemodialítico.