Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EVIDENCIADAS NO EXAME DE PAPANICOLAOU EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Autores
FRANCISCO ASSIS CAVALCANTE JUNIOR (Relator)
FRANCISCA MARIA BARBOSA DE SOUZA
MARILENA MARIA DE SOUZA
GERLANE CRISTINNE BERTINO VÉRAS
CÍCERA RENATA DINIZ VIEIRA SILVA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis representam um grande problema de saúde pública no Brasil, constituindo a segunda maior causa de morbidade em mulheres jovens adultas, gerando gastos para os cofres públicos e aumentando as chances de se adquirir outras infecções, além de significar prejuízo funcional, por vezes temporário, para o indivíduo portador. Dentre as diversas infecções, podemos citar a Candidíase Vaginal, Vaginose Bacteriana, Tricomoníase, Herpes Genital e o Papilomavirus Humano (HPV), que podem ser evidenciadas no exame Papanicolaou, este, tendo como principal função detectar células precursoras do câncer de colo do útero. Objetivo: Evidenciar as infecções sexualmente transmissíveis nos resultados do exame Papanicolaou em uma Unidade Básica de Saúde. Método: Estudo documental e exploratório, com abordagem quantitativa, realizada por meio da análise do livro de registros dos resultados do exame Papanicolaou. Resultados: Analisou-se 2.634 exames, dos quais 825 (31,32%) foram de mulheres na faixa etária entre 25 a 35 anos, 1.710 (64,92%) com início da atividade sexual entre 10 a 19 anos e 1.438 (54,59%) mulheres afirmaram que, até o momento da consulta, tinham tido apenas um parceiro sexual. 698 (26,50%) apresentaram alguma infecção sexualmente transmissível, destes 407 (58,31%) vaginose bacteriana. Observou-se que a realização do exame está ocorrendo em maior número na faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde. Quase 2/3 das mulheres tiveram o início da atividade sexual na adolescência, o que representa risco maior de se contrair infecções. Em relação a quantidade de parceiros sexuais, pode estar associado a tentativa de esquivar-se de qualquer preconceito, ou mesmo que seja uma realidade, isto não confere invulnerabilidade. Quanto a infecção mais evidenciada, corrobora com outros estudos realizados no Brasil. Conclusão: Identifica-se que, tanto os profissionais como os gestores em saúde devem trabalhar no intuito de incentivar a prevenção primária das infecções sexualmente transmissíveis, iniciando esta prática pelo público adolescente, e a prevenção secundária por meio do exame Papanicolaou. É essencial neste percurso, a qualificação dos recursos humanos para correta realização do exame, análise e seguimento dos casos, assim como maiores investimentos financeiros para melhorar os trâmites com vistas a um resultado de maior qualidade e em tempo hábil, tendo a enfermagem um papel fundamental em todo esse processo.