Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título RELATO DE CASO: PACIENTE COM REPETIÇÃO DE MENINGITE BACTERIANA APÓS TCE
Autores
EDILANE JALES LEITE (Relator)
FRANCISCO FABRÍCIO ROCHA DE SOUSA
ELAINE CRISTINE SANTOS SEREJO DE OLIVEIRA
SUÉLEN KARINA SILVA DE MOURA
ELIANA CAMPELO LAGO
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: As meningites bacterianas caracterizam-se por ser um processo infeccioso que acomete as leptomeninges e o espaço subaracnóideo. Os traumas, as más formações ou até mesmo doenças que envolvam os ossos cranianos podem gerar fístulas do SNC com o meio externo, expondo o organismo as meningites. Objetivo: Relatar o caso de um paciente masculino jovem que após um trauma em face apresentou 8 episódios de meningite bacteriana em um período de 6 anos e comparar o caso com os relatos da literatura. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo com análise do prontuário do paciente internado em um hospital de Fortaleza-CE, sob autorização prévia da mãe da criança e da instituição. Resultados: PACIENTE: E.T.G.S., 13 anos masculino natural de canoa quebrada CE. Aos 8 anos de idade sofreu acidente de bicicleta contra uma parede resultando em traumatismo craniano (fratura entre esfenoide e etmóide a direita). Após 23 dias do trauma o paciente iniciou um quadro de rinorréia, congestão nasal, febre alta, vômitos biliares intensos, cefaléia frontal intensa e sonolência. Foi internado não realizou punção do líquor (PIC elevada) e realizou tratamento com ceftriaxona por 26 dias. Ficou na fila de espera para abordagem cirúrgica. Em dezembro de 2009 apresentou novo quadro clínico, similar ao anterior, associado a convulsões tônico-clônico e dor abdominal. Foi internado e tratado com ceftrixona por 14 dias, líquor turvo com celularidade alta com neutrófilos em maior porcentagem , glicose normal e proteina elevada. Em novembro de 2010 nova internação com mesmo padrão de líquor e mesma terapêutica da internção anterior. Em março de 2011 repetição do episódio de 2010. Maio de 2011 foi realizada a 1ª cirurgia para correção da fístula, mas sem sucesso pois em julho de 2012 o paciente apresentou os mesmos sintomas dos episódios anteriores relativos as internações por meningite. Conclusão: A MPT é uma complicação a considerar num TCE sobretudo se associado a fístula de LCR. Esta é uma situação potencialmente grave que deve ser considerada como hipótese diagnóstica perante uma criança com febre e sinais meníngeos com história de TCE prévio, mesmo que este tenha ocorrido vários anos antes. Os episódios recorrentes, embora raros, são possíveis, sendo S. pneumoniae o microorganismo mais frequente. As crianças com fístula de LCR devem receber a vacina anti-pneumocócica.