Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título POSICIONAMENTO ÉTICO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DIANTE DO ABORTO: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Autores
CYNTIAN MARIA MARTINS CAMPELO (Relator)
CAMILLA SOUSA NUNES NASCIMENTO
RAÍSA LEOCÁDIO DE OLIVEIRA
SAMYA RAQUEL SOARES DIAS
LIDYANE RODRIGUES OLIVEIRA SANTOS
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O aborto se caracteriza como sendo a morte do embrião ou feto, que pode ser espontâneo ou provocado. Coloca-se como um caso típico onde suas questões quanto ao posicionamento ético são inconciliáveis. Em questões éticas o aborto gera conflitos entre direitos e deveres morais.Em alguns países o aborto é legalizado, no Brasil ainda é uma questão muito discutida e polêmica, atualmente prática proibida, salvo quando a gestação é fruto do ato do estupro ou quando coloca em risco a vida gestante, conforme Artigo 128 do Código Penal. Objetivos: levantar na literatura científica a conduta ética dos profissionais de enfermagem frente ao processo de abortamento. Metodologia: tratou-se de uma revisão de literatura realizada no mês de maio nas bases de dados Scielo, Bdenf e BVSBrasil com os descritores: Aborto; Ética; Assistência de Enfermagem. Foram encontrados 84 artigos, destes resultaram para a pesquisa 15 artigos após aplicar os critérios de inclusão, sendo estes, artigos disponíveis na íntegra, na língua portuguesa que correspondessem aos anos de 2004 a abril de 2014.A busca foi realizada no mês de maio de 2014. Resultados: na análise dos artigos emergiram as seguintes categorias: Aborto e religião; Conhecimento de profissionais e acadêmicos sobre o aborto e aspectos éticos; Práticas de aborto entre profissionais da saúde. Na primeira notou-se que aborda a não aceitação da igreja a esta prática, com argumentos de que a vida humana deve ser respeitada e protegida de modo absoluto a partir do momento em que ocorre a gravidez, além de ser visto que a religião influencia diretamente na decisão de mulheres e de discentes da saúde quanto à prática do aborto. Na segunda categoria pode-se dizer que os profissionais demonstraram conhecimentos tecnicamente equivocados entre ginecologistas e obstetras e outros uma preocupação quanto à relevância do assunto. Na terceira categoria, emergiu também estratégias de objeção de consciência aos médicos que o praticam como também a sua realização fora do serviço de saúde, foi descrito ainda como prática polêmica o uso da anticoncepção de emergência. Convergiram ainda, estudos que apontam às práticas de aborto legalizadas no Brasil, como a concepção de anencéfalo. Conclusão: Admite-se a necessidade de aptidão do profissional de enfermagem em promover o bem-estar dessa mulher, agindo de forma empática, construindo uma boa relação profissional-paciente. Bem como, enfatiza-se a pouca produção brasileira quanto à temática.