Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título TUBERCULOSE EM PRISÕES: DESAFIOS À ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Autores
MARCANDRA NOGUEIRA DE ALMEIDA SANTOS (Relator)
ANTONIA MARGARETH MOITA SÁ
THAYSE MORAES DE MORAES
SUZANA ROSA ANDRÉ
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução:A tuberculose é uma doença transmissível que em função da sua magnitude e importância social e econômica está relacionada pela Organização Mundial de Saúde nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, uma vez que o sexto objetivo é reduzir pela metade, entre os anos de 1990 e 2015, o número de casos e de mortes. Entre os grupos expostos às situações de maior vulnerabilidade para o desenvolvimento e transmissão da tuberculose destacam-se as pessoas privadas de liberdade, para as quais além dos fatores de risco já citados se acrescenta a violência, a drogadição, as más condições de aprisionamento e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde nas prisões. Objetivou-se com este estudo compreender os modos como as pessoas privadas de liberdade vivenciam a tuberculose e a assistência de enfermagem em prisões. Metodologia: Adotou-se o método fenomenológico hermenêutico do filósofo Martin Heidegger. A fenomenologia enquanto pensamento filosófico contemporâneo surgiu no início do século XX e como método exige um sempre recomeçar (começar de novo), pois não se satisfaz com conhecimentos já descobertos no passado, propõe sempre um contato novo com o original de modo a evitar os pressupostos e preconceitos já estabelecidos, procurando de forma autêntica encontrar-se na construção e reconstrução do conhecimento. Foram participantes 22 pessoas custodiadas em cinco prisões de Belém, Pará, Brasil. Os resultados revelaram que cada pessoa vivencia a doença e a assistência de enfermagem no modo de ser inautêntico e impróprio à condição humana, em um cotidiano de sofrimentos e limitações. Conclusão: Garantir o diagnóstico e o tratamento oportuno da doença se mostram como os principais desafios à oferta de uma assistência de enfermagem com qualidade. Esta que deve considerar os modos de ser e as singularidades da população privada de liberdade, além de promover ações de educação em saúde e investimentos na infraestrutura dos serviços de atenção básica nas prisões, para mais agilidade à realização de exames diagnósticos e de acompanhamento destas pessoas doentes.