Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA PORTADORA DE MIELOMENINGOCELE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
LORENA DOS SANTOS FEITOSA (Relator)
THAIS CRISTINA NASCIMENTO DE CARVALHO
NATÁLIA CORREIA MÁXIMO FEITOSA
BRUNA LARISSA ALMEIDA ALVES
NAYANY FILGUEIRAS BEZERRA
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: Mielomeningocele consiste em uma malformação congênita do sistema nervoso central e está associada a múltiplas anomalias do encéfalo, medula espinhal, nervos periféricos e sistema ósteoarticular. Desenvolve-se no primeiro mês de gestação e ocorre devido a uma anomalia do tubo neural embrionário. Está associada a algumas complicações, como a hidrocefalia, que ocorre em 80% dos casos. OBJETIVO: Apresentar a implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a um recém-nascido com mielomeningocele internado em uma instituição materno-infantil de Belém, Pará. METODOLOGIA: Estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. A coleta de dados se deu pela observação participante durante as atuações nos setores de prática da residência multiprofissional. RN de F.C.S., sexo feminino, nascida em 27/12/2013, parto cesáreo, ap. cefálica, a termo, com mielomeningocele rota. Apresentou desconforto respiratório, feito Ventilação com Pressão Positiva e oxigenoterapia por OxiHood. Foi encaminhada a UTI devido mielomeningocele, e provável hidrocefalia. Após estabilização, houve a correção da mielomeningocele. Durante a hospitalização foi confirmada a hidrocefalia e observado aumento do perímetro cefálico (PC) de 41cm para 44cm em 20 dias. Diagnósticos de enfermagem: Alto risco de infecção relacionado com o saco meníngeo não-epitelizado; Alto risco de traumatismo neurológico relacionado ao defeito espinha; Alto risco de integridade da pele comprometida associado ao saco meníngeo desprotegido; Desconforto respiratório relacionado à infecção; Risco de elevação da pressão intracraniana relacionado com a patologia acometida. Cuidados: Monitorização intensiva; suporte respiratório; dieta parenteral e em seguida por gavagem; balanço hídrico; terapia medicamentosa; posicionamento em decúbito lateral e em posição de Trendelemburg; observação rigorosa da pressão intracraniana; mudança de decúbito 4/4h; medição do PC a cada 2 dias; curativo umedecido com solução fisiológica (SF) a 0,9% estéril. Resultados alcançados: Resolução da infecção; cicatrização da ferida operatória; estabilização do desconforto respiratório; maior participação dos pais nos cuidados da criança. CONCLUSÃO: A implementação da SAE associada à terapia médica e multiprofissional permitiu estabilização do quadro clínico da criança, além de possibilitar maior participação da família na compreensão da patologia e nos cuidados.