Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título O DIFÍCIL CONTROLE TERAPÊUTICO DE ADOLESCENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 NO MUNICÍPIO DE FLORIANO, PIAUÍ
Autores
BRUNO RICARDO CAVALCANTE COELHO (Relator)
BRAULIO VIEIRA DE SOUSA BORGES
ANDREA PEREIRA DA SILVA
LARIZA MARTINS FALCÃO
ROBERTO WAGNER JÚNIOR FREIRE DE FREITAS
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
O diabetes mellitus constitui, atualmente, um dos principais problemas de saúde pública. Um dos seus subtipos, o Diabetes Mellitus Tipo1 (DM1), possui alta incidência em crianças e adolescentes brasileiros, ocasionando sérias mudanças nos hábitos psicológicos, sociais e físicos, bem como, na própria rotina diária que terão que adaptarem-se para alcançar o controle terapêutico da mesma, o que nem sempre é conseguido pelos mesmos. Identificar as dificuldades encontradas pelo adolescente no cumprimento do tratamento de DM1 na Rede de Atenção Básica, no município de Floriano-PI. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, de abordagem qualitativa, realizado na Rede de Atenção Básica do município de Floriano-PI, nos meses de março e abril de 2014. Os sujeitos foram setes adolescentes com diagnóstico médico de DM1 na faixa etária de 10 a 19 anos. Utilizou-se a técnica entrevista por pauta para coleta de dados. Para organização e análise dos dados usou-se a técnica análise de conteúdo de Bardin. A pesquisa teve parecer favorável no CEP da UFPI com o número 542.524, obedecendo aos preceitos éticos da Resolução 466/2012. Percebeu-se nos depoimentos o quão difícil é para os adolescentes adaptarem-se a nova realidade, às modificações em relação às rotinas diárias, como a insulinoterapia, as limitações impostas pela alimentação, a necessidade de fazer exames e a responsabilidade para o autocuidado, o que nem sempre é cumprido pelos mesmos. Inicialmente, pode-se observar, nos relatos, questões referentes à responsabilidade para o autocuidado, as dificuldades quanto à adesão terapêutica, expressas no uso de medicações e, principalmente, as dificuldades em seguir uma dieta com restrições alimentares, que foi unânime em todos os relatos. Pode-se, ainda, observar que os adolescentes com DM1 enfrentam inúmeros desafios e obstáculos ao longo do tratamento terapêutico, como as complicações advindas da própria enfermidade, a necessidade de readequar seus horários para atender as demandas terapêuticas e, deste modo, evitar problemas pela não adesão exigida, bem como, a responsabilidade para o autocuidado e o autocontrole. Faz-se, então, necessário uma atuação diferenciada na abordagem da enfermagem ao adolescente com DM1, no sentido de poder escutar ativamente quais as reais dificuldades encontradas por eles para a não adesão ao tratamento terapêutico, a fim de poder traçar planos de intervenções de enfermagem que atendam as particularidades de cada adolescente com DM1.