Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título DILEMAS ÉTICOS VIVENCIADOS POR PACIENTE EM ESTADO CRÍTICO EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA
Autores
ANNE KAROLINE RIBEIRO DOS SANTOS (Relator)
ISABELA SANTANA MACÊDO
MARTTEM COSTA DE SANTANA
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
Os dilemas éticos ocorrem em Unidades de Terapia Intensiva, na forma de conflitos, indecisões, problemas e dúvidas, tanto entre os membros da equipe interdisciplinar quanto em relação ao paciente grave, a família cuidadora e a instituição de saúde. Na UTI, o processo de assistência ao paciente é ininterrupta e especializada, o que favorece a qualidade no atendimento. Esta pesquisa tem como questão de partida: Quais os dilemas éticos vivenciados em Unidades de Terapia Intensiva. Propõe-se uma reflexão neste estudo a fim de amenizar o sofrer, evitar complicações e desespero, proporcionando mecanismos de adaptação e superação ao paciente/família baseados nos conceitos de ética, moral, prudência, respeito, dignidade humana, diálogo, relações interpessoais, dentre outros valores humanos. Objetivou-se identificar os dilemas éticos vivenciados em Unidades de Terapia Intensiva. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, do tipo revisão de literatura obtida através de bases de dados da BVS. Para tanto, utilizou-se como critérios de inclusão: artigos nacionais, redigidos em português, e na íntegra que demonstrassem a temática em questão e artigos publicados e indexados nas bases de dados entre os anos de 2005 a 2012. Numerou-se os artigos de UTI.1 a UTI.6 e dispostos num quadro contendo: título, periódico, local, ano de publicação, e principais resultados. Para a realização da análise e discussão dos dados, adotou-se uma abordagem categorial, baseada em Bardin (2011). Percebeu-se que os dilemas éticos relacionados ao paciente em cuidados intensivos destacam-se: prolongamento do processo de morte e de medidas terapêuticas; aceitação da terminalidade com desejo de morte digna; descompensações e mudanças súbitas no estado geral; extrema invasão corpórea; sedação e conexão a determinados equipamentos de alta tecnologia e complexidade; sofrimento físico, emocional e espiritual; harmonização de interesses sociais e coletivos; criação de relações terapêuticas: intimas nobre, dialógicas e interdisciplinares; respeito aos desejos do paciente e de família; autorização de cuidados emergenciais; medidas de conforto para amenizar o desamparo, a carência, o choro e a desorientação; eliminações de falsas expectativas. Nota-se que a escolha de determinada alternativa de tratamento intensivo dentre outros igualmente desejáveis, envolve o uso da reflexão, de negociação, da humanização do cuidado e da assistência livre de riscos, agravos e negligências.