Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL NA VISÃO DO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA DO PA
Autores
LEYVILANE LIBDY CHAVES (Relator)
DÉBORA TALITHA NERI
PAULA DANNIELE DOS SANTOS DIAS
POLLYANA THAYS LAMEIRA DA COSTA
RUBENILSON CALDAS VALOIS
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: Acompanhando a evolução da medicina, o parto que antes era realizado nos lares das mulheres, em ambiente familiar e, com parteiras, tornou-se um evento hospitalar sofrendo intervenções médicas em sua fisiologia. Práticas baseadas em normas e rotinas impossibilitam a presença de pessoas, do convívio social das mulheres, durante o trabalho de parto e parto, passando o processo parturitivo a assumir um caráter patológico, invasivo e sem privacidade para a parturiente, submetida à terapêutica e decisão médica. Objetivos: Observar a qualidade da assistência prestada ao parto normal, com base em práticas de assistência ao parto recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Metodologia: O estudo foi do tipo descritivo, com abordagem qualitativa e para realização do mesmo, foi aplicada a observação participativa como técnica de pesquisa de campo. A observação da assistência foi realizada com base em cinco práticas: (1) receber informações que desejasse no trabalho de parto e no parto; (2) uso de métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor no trabalho de parto; (3) presença do acompanhante de escolha da parturiente no trabalho de parto e no parto; (4) liberdade de movimentação durante o trabalho de parto e (5) contato precoce pele a pele entre mãe e filho em sala de parto. Resultados: Foi observado que as parturientes obtiveram informações sobre as etapas do parto e orientações no puerpério, de forma clara e satisfatória. Exercícios perineais com bola suíça, massagem na região lombar e banho de aspersão foram algumas medidas realizadas na parturiente de baixo risco a fim de promover o conforto e alívio da dor. A presença de um acompanhante durante toda a transição do parto foi encontrada, assinalando a humanização também nos aspectos psicológico, social e emocional. A deambulação foi, sobretudo, encorajada, assim como foram reforçadas as opções para a escolha da posição do parto pela própria gestante. O contato pele a pele entre mãe e bebê, quando sem contraindicações, foi tido logo após o nascimento, juntamente com o aleitamento, proporcionando vários benefícios para ambos. Conclusões: Observa-se uma consonância entre o que é preconizado pela OMS quanto à assistência humanizada, e o modo como esta é prestada à mulher na rotina de trabalho observada, resgatando a singularidade desse momento tanto para as mães quanto para os profissionais de saúde.