Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CASOS HUMANOS DE ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NO MUNICÍPIO DE ARACAJU/SE, 2010
Autores
PATRÍCIA SILVA DO NASCIMENTO SANTIAGO (Relator)
ALLAN DANTAS DOS SANTOS
KARINA CONCEIÇÃO GOMES MACHADO DE ARAÚJO
GLEBSON MOURA SILVA
LIANE SCHITINI DE OLIVEIRA
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária grave, de veiculação hídrica e evolução crônica, cujo agente etiológico é o Schistosoma mansoni. Trata-se de uma das doenças parasitárias mais prevalentes no mundo. Em Sergipe, a doença vem se expandindo da zona rural para áreas periurbanas, sendo os fatores causais desse processo de expansão e urbanização dessa endemia ainda não elucidados, caracterizando assim um problema de saúde pública. Este estudo objetivou conhecer a distribuição espacial da infecção pelo Schistosoma mansoni na comunidade do bairro Santa Maria, município de Aracaju-SE, no ano 2010. Trata-se de um estudo epidemiológico e transversal. A pesquisa foi realizada em dois momentos: a) inquérito coproscópico censitário; b) análise georeferenciada dos casos humanos de Esquistossomose diagnosticados em 2010. Na análise dos dados descritivos foram utilizados os programas Microsoft Excel 2007 e BioEstat (versão 5.0). A distribuição espacial da infecção no bairro foi realizada através dos programas GPS TrackMaker e TerraView 4.1.0. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e pesquisa do Hospital Universitário/UFS- CAAE: 12443513300005546. A análise estatística foi realizada através dos Teste Qui-Quadrado e Teste G. Foram realizados 5414 exames copróscópicos; a prevalência de infecção pelo S. mansoni em 2010 foi de 9% e a média geométrica de 159,04 ovos por grama de fezes (opg); o número de ovos por grama de fezes (opg) variou de 24 a 3600 em 2010; ao se analisar a intensidade da infecção, expressa pela carga parasitária, 345 (70,7%) apresentaram baixa carga parasitária, 107 (21,9) estavam com intensidade de infecção moderada e 36 (7,4) com alta carga parasitária; em relação ao sexo dos sujeitos infectados, a infecção pelo S. mansoni prevaleceu no sexo masculino 68,4%. A distribuição espacial dos casos humanos da esquistossomose mansônica aponta a existência de três grandes aglomerados no bairro e a visualização de áreas de maior concentração de casos expostos a diferentes graus de risco. Os resultados da pesquisa possibilitam oferecer, aos serviços municipais de saúde, um instrumento que facilite a compreensão da ocorrência e distribuição espacial da Esquistossomose.