Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título ASPECTOS EMOCIONAIS DE PROFISSIONAIS QUE ASSISTEM CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL
Autores
PAULA SOUSA DA SILVA ROCHA (Relator)
MAURICIO SILVA DA ROCHA
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A violência sexual constitui um grave problema à saúde pública com repercussões negativas em diversos setores de nossa sociedade, inclusive na saúde emocional da equipe que atende estas vítimas, o que pode refletir de maneira negativa na qualidade da assistência prestada. Estes profissionais, no desempenho de suas atividades, se deparam diariamente com problemáticas vividas pelas vitimas e passam a partilhar destas experiências, podendo gerar um sentimento de impotência. Conhecer os aspectos emocionais envolvidos durante a assistência cotidiana da equipe permite o aprimoramento do cuidar, justificando a importância do apoio e preparo emocional destes profissionais que atuam na assistência a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Objetivo: Identificar aspectos emocionais do profissional de enfermagem que assiste crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Metodologia: Estudo descritivo, qualitativo do tipo relato experiência realizado no período março a de maio de 2014 durante visitas técnicas a um serviço de referência em atenção às crianças e adolescentes vítimas de violência sexual em Belém (PA). Para o estudo, realizamos a observação e a análise do comportamento para identificar alguns aspectos emocionais do profissional de enfermagem que atua na instituição durante o desempenho das atividades de acolhimento e abordagem das vítimas. Para o embasamento teórico realizamos pesquisas bibliográficas sobre o tema em livros e em banco de dados da BVS, SCIELO e BIREME. Resultados: Verificamos nas visitas ao local que o profissional de enfermagem apresentou diferentes sentimentos durante o acolhimento dos usuários, observamos a empatia e a formação de vínculo com as crianças, adolescentes e seus acompanhantes. Presenciamos alguns momentos em que parecia que o profissional tinha o desejo de “fugir” durante a assistência, olhos brilhantes de lágrimas contidas mas ao mesmo tempo víamos a vontade de dar o melhor de si. Não identificamos na instituição nenhum trabalho voltado para a promoção do bem estar emocional e psicológico da equipe. Conclusão: Observamos a importância do trabalho da equipe de enfermagem às crianças e adolescentes como garantia de uma melhor qualidade de vida, mas para uma assistência de qualidade, a saúde emocional e psicológica destes profissionais e de toda a equipe é fundamental e para tal sugerimos atividades de apoio psicológico e capacitação técnica como estratégias para a melhoria da qualidade de vida.