Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título A ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Autores
DENISE MIRON CAVALCANTE (Relator)
ROSANA ALVES DE MELO
Modalidade Pôster
Área Cultura, política e história da enfermagem no mundo
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: O conceito de violência contra crianças e adolescentes tem por base a teoria do poder, e se caracteriza como força exercida por uma pessoa que a tem e a exerce para obter vantagens. A violência doméstica contra crianças e adolescentes é uma importante questão de saúde pública, não sendo um fato recente, e que pode ser considerado tão antigo quanto à humanidade. Diariamente, inúmeras notícias são veiculadas nos meios de comunicação, informando sobre crianças vítimas de violência das mais diversas formas. A notificação dos casos de violência praticados contra crianças e adolescentes, ainda é bastante deficitária, o que dificulta o conhecimento da real extensão do problema. A notificação trata-se de um instrumento importante para dimensionar a magnitude dos casos de violência, permitindo estimar a necessidade de investimentos em núcleos de vigilância em saúde e serviços de assistência, assim como o desenvolvimento e aperfeiçoamento de redes de proteção. OBJETIVO: Analisar a atuação dos profissionais de Enfermagem frente aos casos de violência doméstica contra crianças e adolescentes, especificamente no que diz respeito à notificação dos casos. MÉTODO: Trata-se de uma revisão bibliográfica, de dados publicados nas principais bases de dados nacionais e internacionais, entre os anos de 2010 a 2014. A busca indexada se deu através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os seguintes descritores: Criança/Adolescente, Violência doméstica, e Enfermagem/Notificação. CONCLUSÃO: Os profissionais apresentam dificuldades para lidar com a questão da violência, como o medo de represálias, a falta de resguardo por parte do serviço de saúde onde atua e a falta de comprometimento dos familiares. Além disso, não se sentem responsáveis ou capacitados para lidar com o problema. A assistência oferecida às vítimas é restrita, principalmente pelas dificuldades destes profissionais em lidar com as características socioculturais da população atendida e pelo pouco diálogo com as instituições responsáveis pelo encaminhamento dos casos. Diante da complexidade exigida para abordar e acompanhar casos de violência doméstica contra criança e adolescente são necessárias ações de educação permanente dos profissionais de saúde, abordando-se conhecimentos e práticas bem-sucedidas para a identificação de casos, no acolhimento e acompanhamento da clientela em questão, aliado ao suporte integralizado por parte dos gestores e serviços de saúde.