Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título A INTEGRALIDADE DO CUIDAR NA ATENÇÃO BÁSICA ÀS MULHERES RIBERINHAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
Autores
FAGNER PEREIRA DA SILVA (Relator)
FABIO ALEXANDRE PEREIRA DE OLIVEIRA
REGIANE APARECIDA BATISTA
LUCIENE RODRIGUES BARBOSA
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: A discussão sobre a violência contra a mulher é de grande relevância para a saúde pública, já que, a incidência desse quadro e as intervenções realizadas nas instituições de saúde estão vinculadas entre si e permitem a elaboração de estratégias de enfrentamento desta problema. A violência é um fenômeno que atinge diferentes níveis socioeconômicos, pode ser de ordem física, psicológica, sexual e moral. Quando se retrata a violência mulheres ribeirinha, o afastamento dos recursos sociais e de proteção associada ao distanciamento geográfico até aos centros urbanos, contribuiu para invisibilidade e uma menor procura do atendimento. O serviço de saúde, especificamente na comunidade ribeirinha, apresentando-se como um local favorável para a detecção desses casos, a integralidade do cuidado prestado. OBJETIVO: Relatar as experiências do profissional enfermeiro acerca das práticas de cuidado as mulheres ribeirinhas vítimas de violência na ótica da atenção integradora. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado durante as ações desenvolvidas pelo enfermeiro em uma comunidade ribeirinha no município de Parintins-AM. RESULTADOS: O relato de experiência foi realizado durante interação com a mulher vítima de violência na unidade de saúde, os dispositivos utilizados nesta prática integrativa foram: o acolhimento, consulta de enfermagem, vínculo, diálogo, orientações. O acolhimento da mulher na Unidade Básica de Saúde envolvia a compreensão do motivo que a buscar o serviço e o respeito as suas decisões. A escuta sensível realizada durante o acolhimento e a consulta de enfermagem permitia que as mulheres verbalizassem seu sofrimento, possibilitando a identificar que a violência pode estar atrelada a quadros de ansiedade, depressão e poliqueixa. O diálogo como a mulher durante a visita domiciliar favorecia a construção do vínculo e o estabelecimento de uma relação de confiança e respeito entre os envolvidos. As orientações foram realizadas em grupos formados com mulheres da comunidade abordavam vários temas, dentre eles a violência contra a mulher, este momento permitia por meio das falas das usuárias a identificação dos casos de violência, e proporcionava a oportunidade a elas um lugar propício para troca de experiências e reconstrução de sua história. CONCLUSÃO: As práticas de cuidados realizadas pelo enfermeiro no atendimento à essas mulheres violentadas caracteriza-se como um cuidado humanizado integrativo.