Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título IMUNIZAÇÃO CONTRA HEPATITE B EM ENFERMEIROS: REVISÃO INTEGRATIVA
Autores
LILIANE PEREIRA OLIVEIRA DE FRANÇA (Relator)
SILVANA BATISTA DE OLIVEIRA
SONIA REGINA JURADO
GILIANE FABIOLA MARTINS DOS REIS
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
A hepatite B apresenta distribuição universal. Estima-se que aproximadamente dois bilhões de pessoas, um terço da população mundial, já tiveram contato com o vírus da hepatite B (HBV) e 325 milhões se tornaram portadores crônicos. As infecções pelo HBV representam a décima causa de morte em todo o mundo e resultam em 500 mil a 1,2 milhão de mortes por ano, causadas por hepatite crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. A hepatite B é a doença ocupacional infecciosa mais importante para os trabalhadores da saúde. Diante deste contexto julgou-se oportuna a realização do presente estudo que teve como objetivo identificar as evidências disponíveis na literatura sobre o nível de adesão à imunização contra hepatite B por profissionais de enfermagem. Tratou-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada na base de dados SciELO, no período de janeiro de 1998 a dezembro de 2013, utilizando-se os descritores: vacina, hepatite B, enfermagem. Foram localizados dezesseis trabalhos científicos relativos à temática. Os trabalhos demonstraram que as exposições percutâneas ou de mucosas ao sangue de indivíduos infectados pelo HBV representaram a principal fonte de transmissão ocupacional, já que quantidades diminutas de sangue são suficientes para transmitir a infecção. A literatura apontou que a imunização completa contra a hepatite B, incluindo as três doses (0, 1 e 6 meses), variou de 49 a 69% entre os profissionais de enfermagem. Os trabalhadores citaram como fatores que mais interferiram na adesão à vacina, a falta de informação sobre a hepatite B e os riscos causados por ela. Observou-se menor prevalência da vacinação entre os auxiliares de enfermagem e maior prevalência da vacinação em enfermeiros, estando a adesão à vacinação associada ao grau de escolaridade. Os resultados permitiram inferir que a criação de um setor de saúde do trabalhador no ambiente hospitalar poderia ser uma das estratégias para acompanhar as questões relacionadas à promoção da saúde e prevenção de danos nos trabalhadores de enfermagem. Pôde-se identificar a falta de informação dos profissionais sobre a doença, ausência de política de treinamento e capacitação dos mesmos pelas instituições. É necessária a capacitação e atualização das equipes de enfermagem sobre a doimunizaçãoença, contribuindo assim para melhora das condições de trabalho e da qualidade da assistência de enfermagem oferecida.