Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título HIDROCEFALIA RELACIONADA A MENINGITE MENINGOCÓCICA: RELATO DE EXPERIENCIA
Autores
PRISCILA OLIVEIRA MIRANDA (Relator)
THAYNÁ DESIREÉ RODRIGUES MARTINS
GEANE CARLA GUERRA DE OLIVEIRA
JESSICA LARISSA DO BOM PARTO SOUSA DA FONSECA
PAULA SOUSA DA SILVA ROCHA
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A meningite meningocócica é uma doença causada pelo diplococo Neisseria meningitidis transmitida por gotículas respiratórias, infectando a orofaringe ou nasofaringe. Podem chegar à circulação sistêmica e ao LCR causando uma reação inflamatória intensa nos espaços subaracnoideos, tornando a pia-aracnóide mais espessa e com a evolução da doença formam aderências e assim, interferir no fluxo do LCR e produzindo hidrocefalia. Objetivos: Relatar a assistência sistematizada de enfermagem (SAE) ao paciente portador de hidrocefalia relacionada à meningite meningocócica. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem qualitativa, tipo relato experiência realizado no período de 06 a 27 de março de 2014 durante as atividades da disciplina de Pediatria em um hospital público de referência em Belém (PA). Realizamos a pesquisa bibliográfica para embasamento teórico sobre hidrocefalia relacionada a meningite em livros e em banco de dados da BIREME, SCIELO e BVS. Os diagnósticos de enfermagem, resultados e intervenções foram estabelecidos de acordo com a taxonomia da NANDA. Resultados: Segundo observação dos sinais e sintomas apresentados por um menor de 8 anos, sexo masculino, com histórico de hidrocefalia relacionada a meningite bacteriana internado na instituição, identificamos as necessidades humanas básicas (NHB) alteradas e traçamos os seguintes diagnósticos de enfermagem: risco de síndrome do desuso relacionada a paralisia e tônus muscular rígido; motilidade gastrointestinal disfuncional relacionada a alimentação enteral evidenciada por diarreia, distensão abdominal e vômito; risco de infecção relacionada gastrostomia e acesso venoso periférico; padrão de sono prejudicado relacionado a interrupções por motivos terapêuticos evidenciada pela insônia; enfrentamento familiar ineficaz evidenciado por genitora expressar sentimentos de tristeza evidenciado por crises de choro. Conclusão: A SAE à criança portadora de hidrocefalia é fundamental para a recuperação do paciente, uma vez que permite que todas as NHB afetadas pela patologia sejam atendidas de maneira integral e individualizada. Ações educativas, estimulação motora, higiene corporal, cuidado com acessos venosos e gastrostomia para evitar infecção, acompanhamento do perímetro cefálico contribuem para uma melhor qualidade de vida da criança hidrocefálica, tanto no ambiente hospitalar quanto em seu ambiente familiar.