Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UMA CRIANÇA PORTADORA DE SÍNDROME NEFRÓTICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
MARÍLIA MONTEIRO DOS SANTOS (Relator)
AMANDA CRISTINA FERREIRA CARVALHO
EVELYN CONCEIÇÃO DA SILVA FONSECA DOS SANTOS
LUANA DA SILVA FREITAS
PAULA SOUSA DA SILVA ROCHA
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A Síndrome nefrótica é uma nefropatia caracterizada pela proteinúria (perda de proteínas com valor acima de 50 mg/kg/dia em crianças) associada à presença de edema e hipoalbuminemia. Tem como causa idiopática, genética, doenças metabólicas (p.ex. diabetes mellitus), doenças autoimunes (p.ex. lúpus eritematoso sistêmico), entre outras. No Brasil, em média, existem 16 casos para cada 100.000 crianças e tem como pico de incidência a idade pré-escolar (2 a 3 anos) e predominância no sexo masculino (3:2). Objetivo: Descrever a Assistência Sistematizada de Enfermagem (SAE) a uma criança portadora de Síndrome Nefrótica. Metodologia: Tratou-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, tipo relato de experiência realizado no período de maio de 2013 durante o estágio supervisionado do curso de graduação em enfermagem em um hospital público em Belém (PA). Para a coleta de dados foram realizados: análise de prontuário, anamnese, exame físico do paciente e pesquisa bibliográfica para embasamento teórico sobre síndrome nefrótica em livros e em banco de dados da BIREME, LILACS, SCIELO e BVS. Os diagnósticos de enfermagem, resultados e intervenções foram estabelecidos de acordo com a taxonomia da NANDA. Resultados: A.L.O, 1 ano e 6 meses, sexo masculino, internou com histórico de Síndrome Nefrótica. Apresentou características clínicas como edema periorbital, tosse produtiva, dispnéia, vômito e anasarca. Encontrava-se choroso; com acesso venoso central para medicação e sonda de Foley com diurese diminuída. Foram traçados os diagnósticos de enfermagem: volume de líquidos excessivo relacionado a redução das funções renais identificado por anasarca; risco para infecção relacionado ao acesso venoso e sondagem; padrão de sono e repouso alterados relacionado ao desconforto respiratório; risco para nutrição desequilibrada relacionado a pouca aceitação da dieta. As intervenções realizadas foram: orientações à mãe quanto à patologia e cuidados à criança; cuidados com dispositivos, sondas e cateteres; administrar diuréticos conforme prescrição; controle da dieta com restrição moderada de sal. Conclusão: Visto que a síndrome nefrótica tem uma alta taxa de mortalidade em crianças, torna-se necessário uma abordagem para prevenção de complicações, ações como: o controle rigoroso da pressão arterial, do balanço hidroeletrolítico, do sobrepeso, da glicemia, da dislipidemia, da hiperuricemia, suplementação polivitamínica, além de cuidados de enfermagem intermitentes.