Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ABORTAMENTO LEGAL PELA MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL
Autores
PRISCILA SILVA DE JESUS (Relator)
LUCIELE PEREIRA DA SILVA
SUELEN MARÇAL NOGUEIRA
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: A violência sexual é um problema mundial que tomou proporções extraordinárias e assustadoras nos últimos anos. No Brasil a cada 12 segundos uma mulher é estuprada. Até 39% dessas mulheres serão estupradas mais de uma vez em sua vida. A violência sexual traz várias consequências como traumatismos físicos, psicológicos, doenças sexualmente transmissíveis, hepatites virais, infecção pelo HIV, gravidez indesejada e, caso a mulher esteja grávida, a difícil decisão de realizar ou não o abortamento sentimental. Objetivo: Analisar a atuação do enfermeiro na assistência à mulher violentada bem como sua postura frente ao abortamento legal. Metodologia: O estudo trata-se de uma pesquisa do tipo qualitativa e descritiva com análise bibliográfica de dados. Foi utilizada como fonte a base de dados Biblioteca Virtual de Saúde ? BVS. Foram pesquisados artigos sobre mulheres violentadas em idade reprodutiva e a assistência de enfermagem prestadas a estas. Foram incluídos artigos publicados nos últimos dez anos em português com dados do Brasil. Foram excluídos artigos que abordassem sobre abortamento clandestino, outros tipos de abortamento e violência sexual infantil. Resultados: as vítimas de violência sexual ainda encontram dificuldades em procurar ajuda nas instituições de saúde. Muitos enfermeiros carregam consigo conceitos morais que interferem no pleno atendimento às vítimas e muitos não estão preparados emocionalmente e/ou profissionalmente para atender a estas pacientes. Outro problema encontrado é a dificuldade da vítima relatar o fato à família, familiares e cônjuge. Apesar das dificuldades enfrentadas por estas vítimas seus direitos continuam garantidos e a decisão de abortar ou não é ainda no Brasil pertencente à mulher. Conclusão: A violência sexual é um dos problemas sociais mais negligenciados no segmento da saúde pública em grande parte por desconhecimento de sua frequência e das graves consequências que acarretam à saúde física e mental das pacientes. O enfermeiro, muitas vezes, é o primeiro profissional que a vítima tem contato e deve tornar-se o facilitador da assistência prestada com um atuar humanizado, acolhedor e esclarecedor dos direitos que ela tem. É essencial que o profissional consiga manter um relacionamento pleno com a cliente devendo observar queixas, dúvidas e ansiedades, assim, cuida para que esta mulher sinta-se acolhida e que não volte com mais traumas ao reinserir-se em seu meio social.