Introdução: A Insuficiência Cardíaca Congestiva (IC) trata-se de uma síndrome clínica complexa de caráter sistêmico, definida como uma disfunção cardíaca responsável por ocasionar inadequado suprimento sanguíneo para atender necessidades metabólicas tissulares. Objetivo: Diante disso, o presente estudo tem como objetivo relatar a experiência de discentes do curso de enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/FACISA no cuidado a um paciente com IC. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, ancorado no relato de experiência, desenvolvido durante a disciplina Atenção Integral à Saúde na Média Complexidade, no período de 23 a 29 de maio de 2014, no decorrer da assistência a um paciente com 80 anos de idade, que apresentava IC, internado no setor de clínica médica de um hospital de referência do interior do RN. Resultados: Uma vez analisado o quadro clínico do paciente, foram evidenciados os sinais clínicos clássicos da IC direita, como ascite, com Sinal de Piparote positivo, e edema em Membros Inferiores (MMII); e esquerda, como taquicardia, tosse e dispneia. De posse dessas informações, foram identificados alguns diagnósticos de enfermagem, baseados na North American Nursing Diagnosis Association (2009), como: Débito cardíaco diminuído, relacionado à pós-carga alterada, evidenciado pela dispneia, e volume de líquidos excessivo, relacionado à disfunção do mecanismo regulador, evidenciado por edemas em MMII e ascite. A partir disso, foi desenvolvido um plano de cuidados com base na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), com ênfase em um controle hídrico rigoroso; elevação de MMII e avaliação do padrão respiratório, focalizando a frequência e a profundidade das respirações, sendo instalada máscara de Venturi com fração inspirada de oxigênio (FiO2) de 50%. Conclusão: As aulas práticas no setor de clínica médica contribuíram para um fortalecimento do ensino-aprendizagem dos discentes, fazendo-os perceber que os conhecimentos adquiridos em sala de aula necessitam ser articulados com a prática clínica, contribuindo de maneira mais satisfatória para o saber, bem como para um olhar crítico-reflexivo. Dessa forma, cabe ao enfermeiro, dentre outras coisas, detectar precocemente os fatores predisponentes e manifestações clínicas da IC, a fim de ofertar uma assistência capaz de assegurar um tratamento adequado às necessidades do paciente, evitando possíveis complicações e contribuindo para uma melhor qualidade de vida deste. |