Introdução: Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer, são esperados em 2014 para o Brasil 57.120 casos novos de câncer de mama, com estimativa de 56 casos a cada 100 mil mulheres. Apesar dos aspectos relacionados ao câncer de mama serem bem disseminados, há uma ineficiência de informações em relação às formas de tratamento. Os tratamentos são variados e as mulheres enfrentam dificuldades, ocorrendo mudanças significativas em sua qualidade de vida. Dentre as formas de tratamento destaca-se a mastectomia, não se consubstanciando como uma mera cirurgia, mas como sinônimo de uma agressão a um símbolo relevante da feminilidade, interferindo nos aspectos emocionais, físicos e de sexualidade de forma avassaladora. Diante da magnitude da problemática em questão, objetivou-se com este trabalho demonstrar quais os sentimentos vivenciados por estas mulheres mastectomizadas e qual o papel da assistência de enfermagem à estas pacientes. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos e manuais do Ministério da Saúde, tendo como principais descritores as repercussões do câncer de mama e da mastectomia sobre o emocional, o físico e a sexualidade da mulher; bem como a inserção da Enfermagem neste contexto. Resultados: Baseados em leitura vasta do material selecionado, observou-se que os sentimentos vivenciados pela mulher diante da mastectomia são torneados por sentimentos de medo, tristeza, espanto, receio e constrangimento. Em relação à sexualidade, são evidenciados fatores como dor, cansaço, estresse, baixa auto-estima e revolta com a imagem corporal. No que concerne aos aspectos emocionais, grande percentual é dado à queda da auto-estima, configurando-se como um sentimento de desequilíbrio que provoca debilidade diante da mutilação física e o medo de não ser aceita fisicamente. No que tange à assistência de enfermagem pode-se inferir que a mesma não deve ser baseada somente no processo de fornecimento de informações pertinentes ao tratamento, mas deve conter como quesito fundamental a humanização, priorizando a escuta e o diálogo confortador. Observou-se ainda que há uma carência de posicionamentos assumidos diante da temática sexualidade por parte dos profissionais de enfermagem. Conclusão: A mulher mastectomizada apresenta uma série de manifestações que culminam em dores físicas e emocionais requerendo um atendimento diferenciado dos profissionais de enfermagem, valorizando os processos holísticos e de humanização. |