Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À MULHER MASTECTOMIZADA: ASPECTOS EMOCIONAIS, FÍSICOS E A SEXUALIDADE
Autores
VANESSA VIEIRA DE OLIVEIRA (Relator)
ANA CLÁUDIA DE FARIA ALVES LOMEU
PALOMA RODRIGUES SALAZAR
ANGELA MARIA ARRUDA DE PAULA
REGIANE ROSA DUARTE
Modalidade Pôster
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer, são esperados em 2014 para o Brasil 57.120 casos novos de câncer de mama, com estimativa de 56 casos a cada 100 mil mulheres. Apesar dos aspectos relacionados ao câncer de mama serem bem disseminados, há uma ineficiência de informações em relação às formas de tratamento. Os tratamentos são variados e as mulheres enfrentam dificuldades, ocorrendo mudanças significativas em sua qualidade de vida. Dentre as formas de tratamento destaca-se a mastectomia, não se consubstanciando como uma mera cirurgia, mas como sinônimo de uma agressão a um símbolo relevante da feminilidade, interferindo nos aspectos emocionais, físicos e de sexualidade de forma avassaladora. Diante da magnitude da problemática em questão, objetivou-se com este trabalho demonstrar quais os sentimentos vivenciados por estas mulheres mastectomizadas e qual o papel da assistência de enfermagem à estas pacientes. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos e manuais do Ministério da Saúde, tendo como principais descritores as repercussões do câncer de mama e da mastectomia sobre o emocional, o físico e a sexualidade da mulher; bem como a inserção da Enfermagem neste contexto. Resultados: Baseados em leitura vasta do material selecionado, observou-se que os sentimentos vivenciados pela mulher diante da mastectomia são torneados por sentimentos de medo, tristeza, espanto, receio e constrangimento. Em relação à sexualidade, são evidenciados fatores como dor, cansaço, estresse, baixa auto-estima e revolta com a imagem corporal. No que concerne aos aspectos emocionais, grande percentual é dado à queda da auto-estima, configurando-se como um sentimento de desequilíbrio que provoca debilidade diante da mutilação física e o medo de não ser aceita fisicamente. No que tange à assistência de enfermagem pode-se inferir que a mesma não deve ser baseada somente no processo de fornecimento de informações pertinentes ao tratamento, mas deve conter como quesito fundamental a humanização, priorizando a escuta e o diálogo confortador. Observou-se ainda que há uma carência de posicionamentos assumidos diante da temática sexualidade por parte dos profissionais de enfermagem. Conclusão: A mulher mastectomizada apresenta uma série de manifestações que culminam em dores físicas e emocionais requerendo um atendimento diferenciado dos profissionais de enfermagem, valorizando os processos holísticos e de humanização.