O aumento da expectativa de vida tem levado a um crescente numero de pessoas vivenciando o envelhecimento, a nível global a preocupação com o processo envolvido, ate a chegada nesta fase da vida existe, mas ainda são poucos os estudos diante desta realidade, culminando em percepções equivocadas. Tendo a situação em mente, o estudo teve como objetivo compreender a autopercepção dos enfermeiros docentes sobre o processo de envelhecimento, discutindo de que forma a dupla jornada de trabalho influencia seu processo de envelhecimento. Pesquisa de caráter exploratório-descritivo com abordagem qualitativa, com participação de 20 enfermeiros docentes do curso de graduação em enfermagem da Universidade do Estado do Pará (UEPA), de março a abril de 2013. Os dados foram obtidos por entrevista semi-estruturada, contendo seis perguntas sobre a perspectiva do docente sobre seu processo de envelhecimento, sua preparação para o processo, e sua condição de saúde física, mental e emocional. Para analise de dados, utilizamos a análise de conteúdo sugerida por BARDIN (2010). A maior parte dos entrevistados foi do sexo feminino com idades entre 41 e 69 anos, católicos, são ou foram casados, tiveram em media um filho, tem escolaridade com doutorado, com uma renda mensal media em torno de quatorze salários mínimos referentes a doisempregos, tem uma carga horária semanal media de 32 horas como enfermeiro e 32 horas como docente, com um tempo de serviço nos dois empregos na media de 19 anos. A pesquisa revela a sobrecarga de trabalho, por uma dupla jornada do enfermeiro docente, como causa de uma autopercepção do processo de envelhecimento falha, no sentido de contribuir à percepção de saúde do indivíduo, levando a uma condição de sobrecarga em seu processo de envelhecimento relacionado ao modo de manejar sua condição de desgaste físico e mental. |