Introdução: O odor em lesões de pele está associado, geralmente, à infecção ou colonização de bactérias anaeróbias no tecido desvitalizado formado pela neovascularização ineficiente. Atualmente, a equipe de enfermagem dispõe de diversos produtos que objetivam neutralizar e diminuir o odor em feridas cutâneas, a exemplo do hidróxido de alumínio, produto bastante usado no tratamento de odores em feridas oncológicas. Objetivo: Relatar o caso clínico de usuário com lesão de pele tratada com hidróxido de alumínio para a neutralização de odores. Metodologia: Estudo descritivo do tipo estudo de caso, realizado na sala de curativos de uma Unidade Básica de Saúde do município de Caicó/RN, no mês de setembro de 2013. A coleta de dados foi efetuada por meio da avaliação da lesão e seu registro fotográfico. Durante os curativos, após a limpeza e assepsia, a equipe de enfermagem utilizou gazes embebidas em hidróxido de alumínio sobre a ferida, como cobertura primária. Para as coberturas secundárias foram utilizadas gazes secas e atadura. A presença de odor foi avaliada por meio de classificação quanto ao seu grau: grau I, sentido ao abrir o curativo; grau II, ao se aproximar do paciente, sem abrir o curativo; e grau III, sem abrir o curativo, forte e nauseante. Neste caso, o odor foi classificado como grau II. Foi solicitado o consentimento do usuário. Resultados: J.L.C, 41 anos, sexo masculino, casado, agricultor, residente em Caicó/RN, portador de lesão cutânea extensa em membro inferior esquerdo, com queixa principal de dor no local da ferida. Após acompanhamento pelo serviço, observou-se no quarto dia de tratamento que não havia mais presença de odor na lesão, assim como não houve qualquer sinal de complicações e efeitos adversos durante a aplicação do produto. Conclusão: O hidróxido de alumínio demonstrou relevante efeito neutralizante no tratamento da lesão com redução do odor. Um ponto importante neste estudo foi a utilização de um material disponível na unidade, uma vez que a maior parte dos serviços de atenção básica não são munidos de produtos e coberturas industrializadas para o tratamento de lesões de pele, como também foi levado em consideração o poder aquisitivo do usuário. |